Integração em psicoterapia cognitivo-comportamental: um ensaio para a pesquisa baseada em processos de mudança
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Data
2023-09-29Primeiro membro da banca
Dias, Ana Cristina Garcia
Segundo membro da banca
Abreu, Cristiano Ricardo Faedo Nabuco de
Terceiro membro da banca
Andretta, Ilana
Quarto membro da banca
Patias, Naiana Dapieve
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta tese de doutorado propõem um estudo de viabilidade a partir da pesquisa baseada em
processos de mudança para fundamentar a condição de eficácia e efetividade de um modelo
integrativo em psicoterapia. A proposta fundamenta-se em seis artigos teóricos. O primeiro
deles caracteriza as raízes epistemológicas e a prática clínica das psicoterapias cognitivocomportamentais ao longo do seu desenvolvimento em “gerações”, destacando sua condição
científica essencialmente empírica. Isso para sustentar a ideia de que é necessário identificar e
compreender a coerência na estrutura epistemológica e no modelo teórico e prático das
abordagens cognitivo-comportamentais para poder avaliar a pertinência e viabilidade de uma
integração entre abordagens psicoterapêuticas. O segundo artigo teórico conceitua a
psicoterapia empiricamente sustentada e a Prática em Psicologia Baseada em Evidências
(PPBE). Ainda, caracteriza a pesquisa em psicoterapia quando o intuito é construir
conhecimento científico qualificado para embasar a tomada de decisão clínica. Aqui, os estudos
de viabilidade, proposta desta tese, foram revisados conceitualmente. Isso para defender a ideia
de que uma pesquisa, cuidadosamente planejada e estruturada, deve ser realizada para que um
novo modelo integrativo em psicoterapia cognitivo-comportamental possa ser difundido
cientificamente, possibilitando aos terapeutas uma prática baseada em evidências. O terceiro,
quarto e quinto artigos teóricos, respectivamente, apresentam o modelo conceitual da Terapia
do Esquema (TE) e da Terapia Cognitiva Narrativa (TCN) e suas características de manejo
clínico para defender a ideia de que, epistemologicamente, teoricamente e praticamente, a
integração entre estas abordagens psicoterapêuticas é possível. Argumentada que a integração
entre modelos psicoterapêuticos é reconhecida, cientificamente e profissionalmente, pela
abordagem cognitivo-comportamental; que a integração entre os modelos psicoterapêuticos
sugerida possibilitaria uma prática empiricamente sustentada e/ou uma PPBE, que é possível
integrar a TE coma TCN; que estas abordagens possuem pressupostos epistemológicos, teóricos
e práticos passíveis de serem combinados, o último artigo teórico apresenta uma proposta de
um estudo de viabilidade a partir da pesquisa baseada em processos de mudança para
fundamentar a condição de eficácia e efetividade de um modelo em psicoterapia que integre a TCN à TE. Na tese proposta, assume-se o lugar da diversidade teórica e prática das psicoterapias
cognitivo-comportamentais, bem como a relevância e pertinência de cada uma delas no campo
da pesquisa e ciência em psicoterapia. Por este reconhecimento, se teve a pretensão de se
delinear “apenas” mais uma alternativa que se some ao repertório de terapeutas que, também,
possuem personalidades, interesses, perfis e identificações teóricas diversas. Ou seja, não se
pretende aqui defender que a proposta terapêutica sugerida ou a maneira de construir o
conhecimento científico em psicoterapia são melhores do que outros. Se pretende, sim,
construir um conhecimento científico coerente com o que sempre defendeu a Terapia Cognitiva:
a integração e diversidade epistemológica, teórica e prática como ferramenta primordial do
psicólogo (e do pesquisador clínico) na promoção da saúde mental.
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