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dc.creatorCosta, Renata dos Santos da
dc.date.accessioned2023-10-30T19:38:50Z
dc.date.available2023-10-30T19:38:50Z
dc.date.issued2023-07-31
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufsm.br/handle/1/30411
dc.description.abstractThis research is based on the reverberations of the researcher's experience in the encountering of her listening process with the written words of university students extensionists and incarcerated adolescents during the COVID-19 pandemic. The imposition of social distancing has had a drastic impact on the world. The deprivation of liberty inherently intensifies conditions of vulnerability and exclusion, while also silencing. In light of this scenario, a group of extensionists students from the Federal University of Santa Maria (UFSM) proposed to the adolescents at a Socio-Educational Care Center, located in the interior of Rio Grande do Sul state, to exchange letters as a way to continue the activities that were interrupted during the COVID-19 pandemic. Thus, guided by ethical and methodological benchmarks from psychoanalysis research, this dissertation sought to analyze the letter exchange process and understand it as a clinical device with incarcerated adolescents. We engaged in listeningflânerie and reading-listening to enter the realms of experience and compose the constructions presented in this dissertation. The exchanged correspondences between extensionists and adolescents between May 2020 and May 2022, the minutes of group meetings, and the researcher's experiential diary served as instruments for analyzing the device. In the experience of the letters, it was observed that the letters provided space for the recording of textual fragments, drawings, poems, and songs, through which the adolescents expressed and elaborated on their conflicts and daily feelings regarding both the pandemic and their life trajectories. The reading of the letters by the extensionists sharpened their ears to alternative ways of listening to what was encrypted within them, and moreover, there was a constant summoning of the presence of the extensionists by the adolescents, thus approaching a clinical listening experience. The journey through different spaces demonstrated that the identification of the device occurred retrospectively by the group, which, while seeking ways to archive the letters, also sought ways to narrate and sing the lived experiences. The principle of the letter exchange device emerged as a response from the group to the demands of social distancing caused by the COVID-19 pandemic, as well as the urgent need to create spaces for the circulation of words for adolescents undergoing socio educational measures of confinement. We understand that the establishment of the device was based on an invitation to speak, the positioning of the desire to listen, the creation of empty spaces, and the establishment of transferential relationships. By delving into the reverberations of the letter exchange device in the correspondence between an extensionist and an adolescent, it can be observed that it subverted the institutional logic of silencing, countering the forgetting and erasure of the adolescents' life trajectories marked by violence, deprivation, and exclusion. Furthermore, the device allowed adolescents to retell their stories and produced shifts from action to words.eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpor
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Santa Mariapor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectAdolescênciapor
dc.subjectPrivação de liberdadepor
dc.subjectTroca de cartaspor
dc.subjectDispositivo clínicopor
dc.subjectAdolescenceeng
dc.subjectDeprivation of libertyeng
dc.subjectLetter exchangeeng
dc.subjectClinical deviceeng
dc.title“Minha palavra vale um tiro, eu tenho muita munição”: a troca de cartas como dispositivo clínico com adolescentes privados de liberdadepor
dc.title.alternative"My word is worth a shot, i have plenty of ammunition": letter exchange as a clinical device with incarcerated adolescentseng
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.resumoA presente pesquisa parte das reverberações da experiência da pesquisadora no encontro de sua escuta com a palavra escrita de extensionistas universitários e adolescentes privados de liberdade em tempos de pandemia da COVID-19. A imposição do distanciamento social impactou drasticamente o mundo. A privação de liberdade potencializa intrinsecamente as condições de vulnerabilidades e exclusão, além de promover o silenciamento dos sujeitos. Diante desse cenário, um grupo de extensionistas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) propôs aos adolescentes de um Centro de Atendimento Socioeducativo, localizado no interior do Estado do Rio Grande do Sul, a troca de cartas como maneira de dar seguimento às atividades que foram interrompidas durante a pandemia da Covid-19. Assim, a partir de balizadores ético-metodológicos da pesquisa em psicanálise, a presente dissertação buscou analisar o processo de troca de cartas e compreendê-lo enquanto um dispositivo clínico com adolescentes privados de liberdade. Ocupamo-nos da escuta-flânerie e da leitura-escuta para adentrar os campos da experiência e compor as construções por esta dissertação apresentada. Nos serviram como instrumentos para a análise do dispositivo as correspondências trocadas entre extensionistas e adolescentes no período de maio de 2020 a maio de 2022, as atas dos encontros do grupo e o diário de experiência da pesquisadora. Na experiência das correspondências, foi observado que as cartas teceram espaço para o registro de fragmentos textuais, desenhos, poemas e músicas, onde os adolescentes expressaram e elaboraram seus conflitos, sentimentos cotidianos, tanto a respeito do momento pandêmico quanto de suas trajetórias de vida. A leitura das cartas, realizada pelos extensionistas, foi aguçando os ouvidos para maneiras outras de escutar o que nelas estava cifrado, além disso, foi percebida a constante convocação da presença dos extensionistas pelos adolescentes, aproximando-se desta forma a uma experiência de escuta clínica. A travessia pelos diferentes espaços demonstrou que a identificação do dispositivo se deu no tempo a posteriori pelo grupo que, ao buscar maneiras de arquivar as cartas, buscou também modos de narrar e decantar as vivências em experiência. O princípio do dispositivo troca de cartas partiu da resposta do grupo às demandas do distanciamento social ocasionado pela pandemia da Covid-19, e pela urgência na criação de espaços de circulação da palavra para os adolescentes que cumpriam medida socioeducativa de internação. Compreendemos que a constituição do dispositivo se deu a partir do convite à fala, do posicionamento do desejo da escuta, da criação dos espaços vazios, e das relações transferenciais estabelecidas. Ao aprofundarmos as reverberações do dispositivo troca de cartas nas correspondências entre uma extensionista e um adolescente, pode-se observar que este subverteu a lógica institucional de silenciamento, contrapondo o esquecimento e o apagamento das trajetórias de vidas dos adolescentes perpassadas pelas violências, privações e exclusão. Além disso, o dispositivo possibilitou aos adolescentes, maneiras de re-contar suas histórias, e produziu deslocamentos do ato à palavra.por
dc.contributor.advisor1Zappe, Jana Gonçalves
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/8284151668279300por
dc.contributor.advisor-co1Costa, André Oliveira
dc.contributor.referee1Arpini, Dorian Mônica
dc.contributor.referee2Coutinho, Luciana Gageiro
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/8398919913508351por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentPsicologiapor
dc.publisher.initialsUFSMpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Psicologiapor
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIApor
dc.publisher.unidadeCentro de Ciências Sociais e Humanaspor


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