A filosofia como saber escolar no Brasil: uma história a partir dos livros escolares (1960-2018)
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Data
2023-09-04Primeiro membro da banca
Cunha, Jorge Luiz da
Segundo membro da banca
Almeida Junior, José Benedito de
Terceiro membro da banca
Ferreira, Liliana Soares
Quarto membro da banca
Gontijo, Pedro Ergnaldo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta tese insere-se na Linha de Pesquisa 2 - Políticas Públicas Educacionais, Práticas Educativas
e suas Interfaces, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM). Seu corpus de pesquisa foi constituído por livros escolares
utilizados para as aulas de filosofia, na escola pública brasileira, entre os anos de 1960-2018.
Está situada no escopo de pesquisas realizadas no campo da história das disciplinas escolares,
referenciadas em Chervel (1990), Choppin (1998; 2004) e Bitencourt (1993). O objetivo geral
da pesquisa foi identificar e analisar os elementos estruturadores da arquitetura do saber escolar
filosofia, a partir da análise dos livros escolares que foram produzidos e utilizados entre os anos
de 1960 e 2018, no Brasil. O problema que orientou nosso percurso investigativo teve a seguinte
formulação: a partir da análise dos livros escolares, do período 1960-2018, quais elementos
demarcaram e constituíram a arquitetura da filosofia como saber escolar no Brasil? Por meio
da análise de dezesseis livros escolares e das políticas curriculares de cada período, conforme
Chervel (1990), perseguimos as finalidades e as práticas do ensino de filosofia através da
identificação de elementos como: autores/as, exercícios, conteúdos, uso de imagens e
organização dos sumários. Nossa investigação permitiu compreender que a filosofia – saber
escolar ensinado - passou por modificações significativas em resposta às mudanças de
finalidades da escola, indicadas nos documentos normativos, especialmente durante o período
de democratização da escola pública. Os livros escolares foram fundamentais na transição do
saber filosófico erudito e acadêmico para um saber filosófico escolar autônomo, importante
para a formação dos estudantes. Até os anos 1970, o ensino da filosofia na escola pautava-se na
tradição histórica, ou seja, no ensino da história da filosofia. Com a democratização da escola
pública e com as mudanças nas políticas educacionais, especialmente a partir da LDB
9.394/1996, novas abordagens educacionais e didáticas emergiram, dando centralidade à
formação cidadã e ao desenvolvimento do pensamento crítico. A mudança das finalidades da
escola foi um fator determinante para o investimento em novas abordagens metodológicas e
didáticas para o ensino da filosofia.
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