A formação do professor de educação física da UFSM: elementos que possibilitem a atuação docente com vistas ao processo de inclusão de pessoas com deficiência/necessidades educacionais especiais
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Data
2023-09-01Primeiro membro da banca
Ivo, Andressa Aita
Segundo membro da banca
Ribas, João Francisco Magno
Terceiro membro da banca
Gama, Maria Eliza Rosa
Quarto membro da banca
Lehmkuhl, Márcia de Souza
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta pesquisa de Doutorado está vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal de Santa Maria, Linha de Pesquisa em Educação Especial, Inclusão e
Diferença, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicologia da Educação e Educação Inclusiva
– GEPEIN. O objetivo geral desta tese foi analisar quais são os elementos na formação do
professor de Educação Física, do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade
Federal de Santa Maria, que possibilitam a atuação docente com vistas ao processo de inclusão
de pessoas com deficiência/necessidades educacionais especiais. A fim de alcançar os objetivos
propostos, esta investigação se enquadra como uma pesquisa qualitativa, cuja coleta de dados
foi realizada através de análise documental (CELLARD, 2010) e de entrevistas
semiestruturadas (MINAYO, 2012). Em seguida, a análise dos dados ocorreu por meio da
técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 2001). Foram entrevistados quinze docentes do curso
de licenciatura em Educação Física do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade
Federal de Santa Maria, além de nove professores egressos desse curso. Como resultado,
percebeu-se que os egressos do curso de licenciatura em Educação Física do CEFFD/UFSM
encontram dificuldades para investir no desenvolvimento de sua atuação docente quando há
uma turma que apresenta alunos com deficiência/NEE. Essas dificuldades estão relacionadas à
elaboração de planejamento e ao modo avaliativo, buscando formas de incluir todos os alunos
da turma, sem excluir ninguém. Além disso, esses professores acreditam que o curso carece de
mais disciplinas para desenvolver o tema, bem como sugerem alterações em disciplinas que já
existem, no sentido de inserir conteúdos que relacionem a inclusão de pessoas com
deficiência/NEE, como por exemplo, considerando disciplinas de esporte coletivos. Em relação
aos docentes do curso, alguns afirmam desenvolver conteúdos relacionados à inclusão, trazendo
situações em que o acadêmico precisa refletir sobre o assunto e buscar alternativas para realizar
uma aula. Também são promovidas discussões quando o tema vem à tona por demanda dos
acadêmicos. Esses docentes também sentem dificuldades para atuar no ensino superior com
alunos com deficiência, pois muitos não foram preparados para essa atuação. Ou seja, o curso
precisa qualificar a formação atual e também realizar a formação continuada de quem forma.
Conclui-se que os conteúdos envolvendo uma Educação Física inclusiva ainda são incipientes,
sendo necessário o maior número de disciplinas que tratem do tema. Além disso, as disciplinas
existentes devem inserir em seus conteúdos elementos que relacionem a área especifica da
Educação Física ao desenvolvimento das pessoas com deficiência/ NEE.
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