A práxis educativa dentro do método de leitura de mundo e suas especialidades
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Data
2023-12-13Autor
Lima, Vinicius Marcos De Souza
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O presente trabalho busca desenvolver a ideia de uma educação libertadora através da
perspectiva do oprimido primariamente desenvolvida por Paulo Freire, e, posteriormente,
suas respectivas interpretações sob os olhares de bell hooks e Linda Alcoff, analisando
processos de resistência epistemológica que ocorrem em contextos situados culturalmente.
A proposta é de demonstrar como esses diferentes pontos de partida para a interpretação
do conhecimento podem influenciar a experiência educativa de um aluno e do professor, no
sentido freiriano, argumentando que ambos podem exercitar a democratização do
conhecimento, e, assim, desenvolver um diálogo construtivo constituído por dois sujeitos
dotados de contextos e experiências. Entretanto, tendo em vista que na educação formal
ainda ocorre a individualização do conhecimento e a hierarquização da instituição de
ensino - o que Freire aponta como sendo o processo da educação bancária - a função do
professor é de responsável absoluto do modelo de conhecimento e o aluno um mero
receptáculo. As diferenças identitárias que constituem os movimentos de resistência
epistemológica como o movimento negro, o movimento feminista, entre outros, e que se
propõem a uma reflexão decolonial do modus operandi da instituição de ensino estão
inseridas nessa análise de espaços culturais situados, esses que são em sua maioria espaços
marginalizados como os Bailes funk, as Batalhas de rima, as rodas de islam de poesia, etc.
Essas práxis se encontram em um espaço epistemológico ou de produção de conhecimento
que é constantemente anulado, por isso a proposta do presente trabalho é de trazer à tona
uma reflexão sobre os modelos da educação tradicional e questionar o papel do aluno, do
professor e do espaço didático que a educação acontece.
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