A guarda compartilhada e a prática profissional de psicólogos que atuam na área jurídica no estado do Rio Grande do Sul
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Data
2023-12-11Primeiro membro da banca
Pereira, Caroline Rubin Rossato
Segundo membro da banca
Rosa, Conrado Paulino da
Terceiro membro da banca
Falcke, Denise
Quarto membro da banca
Soares, Laura Cristina Eiras Coelho
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A entrada dos psicólogos no Poder Judiciário brasileiro remonta ao final do século XX, através da atuação na área criminal, posteriormente na área da infância e juventude e, por fim, em outras áreas do sistema de justiça, como nas Varas de Família. Dentro desse contexto, a guarda compartilhada se apresenta como uma temática na atuação prática dos profissionais. A tese apresenta, na introdução, a justificativa e a relevância do tema, a partir de um artigo de metassíntese qualitativa sobre pesquisas em relação à guarda compartilhada no contexto da pós-graduação brasileira. Diante do exposto, o objetivo geral da pesquisa que deu origem à presente tese de doutorado foi compreender a prática do psicólogo no âmbito jurídico no estado do Rio Grande do Sul em relação às questões da guarda compartilhada. O estudo teve caráter qualitativo, baseando-se epistemologicamente no Paradigma da Complexidade. Participaram da pesquisa onze psicólogos servidores do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul. Como instrumento para a coleta dos dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados através da Análise de Conteúdo, na modalidade Temática. Os resultados foram organizados a partir de quatro artigos científicos. O primeiro artigo objetivou refletir sobre as percepções dos psicólogos jurídicos do Poder Judiciário gaúcho no que diz respeito às suas práticas e seu cotidiano de trabalho. Em relação ao segundo artigo, o mesmo aborda os desafios apresentados pelos psicólogos jurídicos para a utilização da guarda compartilhada. Já o terceiro artigo teve por objetivo analisar a relevância do trabalho interdisciplinar nas práticas dos psicólogos judiciários gaúchos, assim como aspectos da intersetorialidade, seus desdobramentos e desafios na atuação dos profissionais. Por fim, o quarto artigo teve por objetivo analisar e refletir acerca da parentalidade no contexto pós-divórcio a partir da aplicabilidade da guarda compartilhada. As considerações finais apontam que o trabalho dos psicólogos judiciários do Rio Grande do Sul caracteriza-se por ser interdisciplinar e essencialmente pericial. Além disso, salienta-se a escassez de profissionais da Psicologia no contexto do Poder Judiciário gaúcho, aspecto que acaba por sobrecarregar os psicólogos e fazer com que os mesmos tenham que se dedicar às situações mais graves, envolvendo vulnerabilidade e risco social. Dessa forma, a atuação com a guarda compartilhada nem sempre se torna viável. Mesmo assim, os participantes puderam destacar alguns desafios e pontos de atenção no que diz respeito ao trabalho com a guarda compartilhada, demonstrando, também, a importância de tal modalidade para o fortalecimento das responsabilidades parentais após a separação conjugal.
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