Barreiras e drivers para a adoção do sistema produto-serviço no contexto brasileiro
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Data
2024-03-28Primeiro membro da banca
Bradli, Luciana Londero
Segundo membro da banca
Silva, Vanessa Almeida da
Terceiro membro da banca
Trevisan, Marcelo
Quarto membro da banca
Ávila, Lucas Veiga
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Cada vez mais as empresas têm buscado a adoção de novas alternativas que beneficiem a
sustentabilidade ao mesmo tempo em que possam obter um destaque em mercados competitivos
e satisfazer as necessidades do seu público consumidor. O sistema produto-serviço (SPS) se
apresenta como uma alternativa, pois incentiva a oferta integrada de produtos e serviços.
Todavia, apesar de possibilitar diversos benefícios para as empresas, a sua adoção requer um
profundo conhecimento sobre o modelo de negócios. A partir disto, o presente estudo possui
como objetivo analisar as barreiras e os drivers para a adoção do sistema produto-serviço e a
sua relação com a inovação e o modelo de negócios das empresas industriais estudadas. Para
isto, foi desenvolvido um estudo de cunho quantitativo por meio de uma pesquisa survey, com
51 empresas participantes. O modelo de pesquisa baseou-se em estudos de Tukker (2004);
Pereira, Carvalho e Ribeiro (2013); Annareli, Battistella e Nonino (2016); Pessôa e Becker
(2017); Adrodegari, Pashou e Sacanni (2017); Adrodegari et al. (2017); Jesus Pacheco et al.
(2019) e Labbate et al. (2020). O instrumento de coleta de dados foi desenvolvido e validado
com 32 especialistas da área. As análises de dados foram realizadas a partir da estatística
descritiva, testes de diferenças de médias e correlação Rô de Spearman. No que se refere às
barreiras para adoção do SPS, observa-se a necessidade de aquisição de novas habilidades por
parte dos funcionários, a necessidade de altos investimentos e as adequações nas empresas,
como os aspectos mais relevantes segundo a realidade das empresas participantes. Já em relação
aos drivers, a possibilidade de utilização da capacidade máxima do produto, o maior potencial
de satisfazer as necessidades dos consumidores e a construção de melhores relacionamentos
com os clientes foram os mais relevantes. A análise do processo de inovação do modelo de
negócios permitiu identificar que as etapas consideradas mais importantes estão relacionadas
com a análise das necessidades dos consumidores e a análise de lacunas. Quanto ao modelo de
negócios SPS, observou-se que os elementos do modelo obtiveram notas baixas, o que
representa que a realidade existente nas empresas está distante da apresentada no modelo
utilizado, que foi desenvolvido a partir das características do SPS. Os elementos com as maiores
médias se referem ao relacionamento com fornecedores, valor para o consumidor e segmentos
e clientes alvo. Com relação aos testes de diferenças de médias, foi possível identificar que o
porte empresarial tem efeito sobre as barreiras, sobre os drivers e sobre os elementos do modelo
de negócios. Por fim, a análise de correlação permitiu concluir que existem associações
positivas entre os drivers, tanto em relação ao processo de inovação quanto aos elementos do
modelo de negócios SPS. Os resultados permitiram a análise dos aspectos propostos pelo
estudo, possibilitando maior conhecimento no que diz respeito ao SPS no contexto das empresas
industriais.
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