Seleção precoce de clones de batata adaptados às condições temperada e subtropical de cultivo do sul do Brasil
Fecha
2014-02-28Metadatos
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Experimentos foram conduzidos com o objetivo de (i) avaliar o uso da correlação canônica
para identificar caracteres de planta e tubérculo que possam ser utilizados para a identificação precoce
de clones superiores de batata e (ii) desenvolver e validar um método de seleção precoce de clones de
batata para a dormência dos tubérculos, para a identificação de clones com curta ou longa dormência,
para serem utilizados respectivamente em condições subtropicais e temperadas de cultivo. O estudo da
análise de correlação canônica foi conduzido em duas gerações (plantular e de tubérculo), com nove
famílias e um total de 358 clones. A geração plantular (G1) foi conduzida em casa de vegetação, no
inverno de 2008, e a geração de tubérculo (G2) em campo, no outono de 2009. Nas duas gerações
foram avaliados 13 caracteres de planta e tubérculo: estatura da haste principal (EHP), massa fresca de
parte aérea (MFA), massa fresca de estolão (MFE), massa fresca de tubérculos (MFT), número de
tubérculos por cova (NTC), tubérculo alongado (TAL), tubérculo achatado (TAC), aspereza da casca
(ASP), presença de ponta (PON), embonecamento (EMB), profundidade de gemas (PRG), dias para
rompimento da dormência (DRD) e número de brotos por tubérculo (NBT). A variabilidade entre as
famílias foi significativa para todos os caracteres nas duas gerações, com exceção de PON na primeira
geração e MFA, EMB e PRG na segunda geração. As correlações lineares entre G1 e G2 foram
significativas, positivas e altas para 12 dos 13 caracteres avaliados. A análise de correlação canônica
mostrou que existe associação entre caracteres de planta e tubérculo nas duas gerações. Porém, não foi
observado regra geral para a seleção precoce de clones, válida para qualquer família, sendo a avaliação
de clones no conjunto mais eficiente para identificar a correlação de caracteres entre as gerações. Para
desenvolver e validar um método de seleção precoce de clones para a dormência dos tubérculos,
experimentos foram conduzidos entre os anos de 2010 e 2013, partindo de dois conjuntos
independentes de clones. Em 2010, a geração plantular do primeiro conjunto (19 famílias clonais) foi
conduzida em casa de vegetação. De cada genótipo foi colhido um tubérculo, totalizando 1.145 clones
(minitubérculos), que foram tratados com 30 mg L-1 de ácido giberélico e armazenados a 20 ºC para
rompimento da dormência. Após 45 dias de armazenamento, formaram-se quatro grupos de clones
com número de dias (45, 60, 75 e 90 dias) necessários para o rompimento da dormência. Uma amostra
aleatória dos tubérculos de cada um dos grupos foi utilizada para o cultivo de verão em campo. Por
ocasião da colheita, quatro tubérculos foram separados de cada clone para avaliar a dormência e
dominância apical, sob armazenamento à temperatura de 20 ºC. Em 2012, um segundo conjunto com
1.269 clones (minitubérculos de 16 famílias) foi produzido para separar cinco grupos de clones com
número de dias (30, 45, 60, 75 e 90 dias) necessários para o rompimento da dormência dos tubérculos.
Para os dois conjuntos de clones, o delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com
quatro repetições de cada clone. Houve um padrão de rompimento da dormência e relação direta entre
o período de dormência dos tubérculos entre as duas gerações, o que possibilitou desenvolver e validar
um método de seleção precoce. Esse método possibilita agrupar clones com similar nível de
dormência já na geração de plântula, ou seja, permite a identificação precoce de clones com curta ou
longa dormência, com potencial para serem utilizados no desenvolvimento de cultivares adaptadas,
respectivamente, as condições subtropicais e temperadas de cultivo na região Sul do Brasil.