Fadiga muscular: análise dos músculos orbiculares da boca e mastigatórios de crianças de 6 a 12 anos de idade
Date
2014-04-22Metadata
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Esta pesquisa teve como objetivo estudar a fadiga dos músculos orbiculares da boca e mastigatórios, por meio da análise da frequência mediana do sinal eletromiográfico, considerando o modo respiratório, o padrão facial de crescimento e a faixa etária. Ainda objetivou comparar a fadiga pela avaliação eletromiográfica com o tempo de fadiga referido pelas crianças. Para tanto, foram selecionadas 70 crianças entre seis e 12 anos de idade, de ambos os sexos, que se adequaram aos critérios do estudo. As mesmas passaram por avaliação fonoaudiológica, cefalométrica, otorrinolaringológica, odontológica e de índice de massa corporal. Foi realizada avaliação eletromiográfica em dois protocolos de avaliação. Para protocolo dos músculos orbiculares da boca, as crianças deveriam sustentar halteres labiais de 40, 60 e 100gr, bem como exercitador labial, até a sensação de fadiga desta musculatura. Já para os mastigatórios, deveriam mascar goma em porção padronizada e posicionada bilateralmente na cavidade oral até a sensação de fadiga. Posteriormente foi realizada a análise da frequência mediana, em quatro tempos para cada musculatura, 5, 10, 15 e 20 segundos para os músculos orbiculares da boca e 15, 30, 45 e 60 segundos para os mastigatórios. Também foi registrado o tempo de fadiga referido pelas crianças. Os dados foram analisados pelos testes ANOVA - medidas repetidas (post-hoc Tukey), teste Kruskal-Wallis e teste U de Mann-Whitney. Como resultados observou-se que: os músculos orbiculares da boca demonstraram decréscimo significativo da frequência mediana a parir dos cinco segundos de atividade, mas independentemente da comparação entre os grupos; quando realizada a comparação entre os grupos, os músculos estudados não demonstraram decréscimo significativo; o tempo relatado para a sensação de fadiga muscular dos orbiculares da boca foi menor nos respiradores orais e nas crianças da faixa etária um. Ao comparar a fadiga muscular, pela eletromiografia e pelo relato das crianças, em todos os grupos a percepção ocorreu após o decréscimo da frequência mediana. Assim, conclui-se que a fadiga fisiológica dos músculos avaliados não sofreu influência do modo respiratório, padrão facial de crescimento, da associação dos mesmos e da faixa etária, mas a percepção da fadiga dos músculos orbiculares sofreu influência do modo respiratório e da faixa etária. A fadiga fisiológica dos músculos orbiculares precedeu o relato do tempo de fadiga. Embora não tenha ocorrido a fadiga mastigatória fisiológica, ocorreu o relato de fadiga desta musculatura.