Ser formador e ser professor sem álibis: o processo formativo de professores de língua inglesa
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2014-03-31Metadatos
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Este estudo insere-se na Linha de Pesquisa Formação, Saberes e Desenvolvimento
Profissional do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de
Santa Maria/RS. Nesta investigação buscamos compreender como os formadores de
professores do Curso de Licenciatura em Língua Inglesa da Universidade Federal de Santa
Maria/RS, constituem-se como docentes e quais concepções teórico-práticas norteiam a
dinâmica de suas atividades. Para tanto, ao conhecermos a trajetória formativa, pessoal e
profissional de cinco formadoras, objetivamos identificar qual a compreensão que essas
professoras têm de seu papel como formadoras de professores de Língua Inglesa e como
elas se mobilizam, refletem e refratam a responsabilidade docente ao atuarem no processo
formativo desses professores, considerando suas relações com os estudantes do curso e as
concepções relativas à docência no contexto do Curso de Letras. Este estudo direciona-se
aos princípios da pesquisa qualitativa a partir da abordagem narrativa sócio-históricocultural.
Os autores Bakhtin/Volochínov, (2010), Bakhtin (1981, 2010a, 2010b), Vygotski
(1998, 2004, 2007) e Freire (1983, 1995, 1996, 2001, 2008, 2011) corroboram no desenho
investigativo e na discussão teórico-analítica desta investigação que se deu com a
construção de três categorias: o processo de autoidentificação na constituição do Ser
formador, a dinâmica de atuação do formador e a qualificação no processo formativo do
futuro professor de Língua Inglesa. A pesquisa realizada, permitiu-nos destacar que a
tomada de consciência se desperta da interação com a consciência alheia, a qual está
constituída por uma determinada dimensão axiológica. Assim, as docentes colaboradoras
revelam a necessidade da Interformação, da valorização do tempo de aula como singular na
interação e, ainda, compreendem que há uma corresponsabilidade entre formadores e
futuros professores no processo formativo de docentes para a Língua Inglesa. Nesta
perspectiva, o Ser formador e o Ser professor em formação inicial são dois sujeitos do
mesmo processo que não têm álibis no Ser. Destacamos que é a tomada de consciência
que nos permite olhar o espaço do Outro como alguém que nos implicamos e que está
implicado conosco. Para tomarmos consciência implica que nos responsabilizemos com o
Outro e nos coloquemos em relações de comprometimento. Evidenciamos, também, que as
trajetórias revisitadas e as experiências anteriores contribuíram para que as docentes
refletissem o fazer da docência e atribuíssem sentidos às vivências e relações com o Outro.