Manejo de irrigação da batata, pêra e maçã no Uruguai
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Data
2006-01-17Primeiro membro da banca
Vilaró, Francisco
Terceiro membro da banca
Docampo, Roberto
Quarto membro da banca
Petry, Mirta Teresinha
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O objetivo deste experimento foi avaliar modificações morfológicas e de produtividade das culturas de batata, pêra e maça submetidas a diferentes manejos da água de irrigação baseados na evapotranspiração máxima acumulada de cada
cultura. Os experimentos foram conduzidos nos anos agrícolas de 2002/03 e 2003/04 em áreas comerciais, no Sul do Uruguai. O experimento de irrigação da batata foi realizado em três locais, em cada ano, na região de San José. Os locais
no ano agrícola de 2002/03 foram assim distribuídos: (i) em Libertad em uma área irrigada por pivô central e, outra com autopropelido e, (ii) Colônia Galland, emuma área irrigada com sistema linear. No ano agrícola 2003/04 os locais foram: (i) em
Libertad em uma área irrigada por autopropelido; (ii) em Rincón del Pino em uma área irrigada por autopropelido e; (iii) em Colônia Galland em uma área irrigada por sistema linear. Os experimentos de irrigação em pêra e maçã foram realizados em
pomares comerciais, no ano agrícola de 2003/04 (Rincón del Colorado). Todos os experimentos foram conduzidos no delineamento experimental inteiramente casualizado, com três repetições. As plantas de batata foram submetidas a três
manejos da água de irrigação. Na área irrigada por pivô central foram aplicados dois tratamentos de manejo da água de irrigação (15 mm e uma testemunha sem irrigação). Irrigações foram aplicadas quando a evapotranspiração máxima da cultura, estimada pelo método de Penman-Monteith, atingia um valor acumulado de 35 mm. Nos experimentos de irrigação de pêra e maçã, as árvores foram
submetidas a três manejos da água de irrigação (irrigações foram aplicadas quando a evapotranspiração máxima acumulada da cultura atingia valores de 30, 45 e 60
mm). Diferenças foram observadas para índice de área foliar e altura de plantas de batata entre os tratamentos de manejos de irrigação aos 70 dias após emergência (DAE) e aos 62 e 70 DAE, respectivamente, no local Libertad (autopropelido) no ano agrícola 2002/03. A produção de batata apresentou comportamento quadrático com a máxima eficiência técnica de 43 ton ha-1 com a aplicação de 143 mm de lâmina de
irrigação na Colônia Galland no ano agrícola de 2003/04, e, no local Libertad foi observado 39 ton ha-1 e 47 ton ha-1 com a aplicação de 98 e 144 mm de lâmina de irrigação, no ano agrícola 2002/03 e 2003/04, respectivamente. Na análise geral da variância de todos os locais nos dois anos, o manejo da água de irrigação com aplicação de 25 mm de lâmina toda vez que a ETma atingia valores de 35 mm resultou em produtividades mais altas. Verificou-se a máxima eficiência técnica (48 ton ha-1) com a aplicação de uma lâmina de irrigação de 137 mm. A produção de batata nos tratamentos sem irrigação foi 27,8 ton ha-1, o que representou uma
redução de 42% em relação aos tratamentos irrigados. No experimento de irrigação de pêra não foram observadas diferenças significativas no crescimento do diâmetro
das frutas, seção transversal da área do tronco, altura de planta e volume de copa, entre os diferentes tratamentos de manejo da água de irrigação. A máxima eficiência técnica (58,8 ton ha-1) para a produção total de frutos de pêra foi verificada com a aplicação de irrigação de 8 mm sempre que a evapotranspiração máxima acumulada da cultura atingia 35 mm de lâmina acumulada. No experimento de irrigação de
maçâ não foram observadas diferenças significativas para o diâmetro das frutas, seção transversal da área do tronco, altura de planta e volume de copa, entre os diferentes tratamentos de manejo da água de irrigação. A máxima eficiência técnica (70 ton ha-1) para a produção total de frutos de maçã foi verificada com a aplicação de irrigação de 8 mm sempre que a evapotranspiração máxima acumulada da
cultura atingia 45 mm de lâmina acumulada.