Desempenho silvicultural e seleção de clones de Eucalyptus spp. para a qualidade da madeira
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2012-12-14Metadatos
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DESEMPENHO SILVICULTURAL E SELEÇÃO DE CLONES DE
Eucalyptus spp. PARA A QUALIDADE DA MADEIRA
Autor: Rafael Beltrame
Orientador: Dr. Clovis Roberto Haselein
Data e Local da Defesa: Santa Maria, 14 de dezembro de 2012.
O estudo teve como objetivos avaliar o desempenho silvicultural de clones de
Eucalyptus spp. e selecionar clones superiores visando à qualidade da madeira. O
material utilizado foi procedente de um teste clonal de híbridos interespecíficos de
Eucalyptus spp., conduzido no município de Tapes-RS, pertencente à empresa CMPC
Celulose Riograndense. O povoamento foi implantado em agosto de 2003, com
espaçamento inicial de 3,0 x 3,0 m, contendo 138 clones. Os clones foram avaliados e
agrupados quanto ao diâmetro à altura do peito (DAP) e altura total (h), selecionandose
29 deles para o estudo. Nas árvores, foram medidos o DAP, a h, a espessura de
casca (EC), o módulo de elasticidade dinâmico (Ed) com auxílio do ultrassom e a
deformação residual longitudinal (DRL) decorrente das tensões de crescimento. A
DRL foi medida em árvores vivas, utilizando o extensômetro, pelo método CIRADFôret.
Em seguida, 58 árvores foram abatidas e desdobradas em toras para avaliação
das rachaduras de topo e confecção de amostras para a realização dos testes físicos e
mecânicos, conforme a norma D 143-94 - ASTM (2000). O índice de rachaduras de
topo das toras (IRT) foi avaliado a campo, ensacando as extremidades dessas por um
período de cinco dias para posterior medição. A estimativa dos componentes da
variância fenotípica e o ganho indireto de seleção para os clones do estudo foram
determinadas por meio da DRL, volume sem casca (Vsc), massa específica básica
ponderada (ρpond) e IRT. Os clones apresentaram variabilidade genética suficiente
para serem separados em grupos quanto ao DAP, aos três e aos sete anos, e quanto à h
das árvores, aos sete anos de idade. A seleção precoce aos três anos após o plantio
pode ser empregada para identificar clones de Eucalyptus spp. com melhor vigor de
crescimento. A DRL apresentou variabilidade entre os clones, porém não apresentou
correlações com as variáveis dendrométricas. O valor médio do IRT foi de 0,46%. A DRL apresentou alta correlação com a TCL e o IRT, entretanto, a ρpond e as
propriedades mecânicas não apresentaram correlações com a DRL. Os clones
pertencentes ao grupo 1, por apresentarem os menores níveis para a TCL e,
consequentemente, menores IRTs, podem ser considerados potenciais para programas
de melhoramento genético florestal. A seleção de clones realizada por meio das
variáveis DRL, Vsc, ρpond e IRT proporcionaram ganhos genéticos satisfatórios, tanto
para o melhoramento das características de crescimento quanto para a qualidade da
madeira.