3'Deoxiadenosina e deoxicoformicina no tratamento de camundongos infectados experimentalmente com Trypanosoma evansi
Fecha
2014-12-01Metadatos
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Trypanosoma evansi é um tripanossomatídeo patogênico de distribuição mundial, causador de grandes prejuízos econômicos, podendo afetar várias espécies de mamíferos, principalmente equinos, espécie na qual produz uma doença conhecida como Mal das cadeiras . Muitos são os sinais clínicos e as patologias decorrentes da infecção por este parasito. A fase aguda da doença é caracterizada pelo surgimento de febre intermitente, edema subcutâneo, anemia progressiva, cegueira, letargia e alterações hemostáticas. Na fase crônica os animais apresentam caquexia, edema, incoordenação motora e paralisia de membros posteriores. O tratamento para essa infecção é medicamentoso, no entanto, os produtos químicos disponíveis possuem eficácia moderada e toxicidade, especialmente para os rins e fígado. Assim, é importante a pesquisa de terapias alternativas para o tratamento da doença causada pelo T. evansi. O objetivo deste estudo foi investigar a susceptibilidade do T. evansi à 3′-deoxiadenosina (cordicepina - análogo da adenosina) associada a deoxicoformicina (pentostatina - inibidor da adenosina deaminase (ADA) e análogo da desoxiadenosina) em camundongos infectados experimentalmente e verificar a influência desta terapia nos parâmetros hematológicos, bioquímicos, de atividade da ADA, marcadores de viabilidade e toxicidade celular e de estresse oxidativo e análise histopatológica. Essas análises foram divididas em três experimentos. O primeiro experimento demonstrou que a combinação de cordicepina (2 mg kg−1) e pentostatina (2 mg kg−1) foi 100% efetiva na cura dos animais infectados, mas esse tratamento ocasionou um aumento significativo nos níveis de enzimas hepáticas e produziu lesões histológicas no fígado e rins. O segundo experimento demonstrou uma reducão nos níveis de proteínas plasmáticas totais nos roedores sadios e tratados com 1mg/kg de cordicepina ou 1mg/kg de pentostatina, tendo os animais pertencentes aos grupos tratados com pentostatina isolada ou associada a cordicepina, uma diminuição da atividade da ADA. O terceiro experimento mostrou que as combinações de cordicepina (2,0 mg kg-1) e pentostatina (0,2; 0,5; 1,0; 2,0 mg kg1) foram eficazes na cura de animais infectados, mas na dose mais alta (cordicepina 2mg kg-1 e pentostatina 2mg kg-1), foi observado toxicidade elevada. A dose de cordicepina 2.0 mg kg-1 associada a pentostatina 0.2 mg kg-1 foi recomendada como opção terapêutica, com 100% de cura dos animais infectados experimentalmente sem apresentar toxicidade aos mesmos.