Teste da hipótese do caminho aleatório no Brasil e nos Estados Unidos
Resumo
O mercado de ações tem sido alvo de muitas pesquisas que visam identificar a presença de algum grau de previsibilidade nas séries de retornos. Dentro deste contexto desenvolveu-se a Teoria de Eficiência de Mercado dividida em três formas: eficiência fraca, semiforte e forte. A hipótese do caminho aleatório foi criada para testar, empiricamente, a Eficiência de Mercado na forma fraca. Sua aceitação ou rejeição traz implicâncias quanto a possibilidade de se conseguir prever, de alguma maneira, com base em retornos passados, os retornos futuros, tirando proveito disso para auferir rendimentos extraordinários. A fim de testar a hipótese do caminho aleatório estudiosos do assunto criaram, ao longo dos anos, métodos e, dentre estes, destacam-se os testes de quociente de variâncias que, inicialmente foram aplicados em mercados desenvolvidos e, atualmente, também tem
sido utilizados em mercados emergentes. Para o desenvolvimento da presente pesquisa, com o intuito de testar a hipótese do caminho aleatório em um mercado emergente (Brasil) e em um mercado desenvolvido (Estados Unidos), foram aplicados os seguintes testes de quociente de
variâncias: simples, múltiplas, com base nos postos e com base nos sinais. Foram utilizados os retornos do IBOVESPA, como proxy do mercado acionário brasileiro, e do S&P 500, para o mercado norte-americano, coletados diariamente e semanalmente no período de 03 de janeiro de 2000 a 25 de
abril de 2008. Os resultados demonstraram uma aceitação da hipótese do caminho aleatório na maioria dos testes efetuados apontando para uma forma fraca de eficiência de mercado.