A cadeia de produção do mel no Rio Grande do Sul: a organização e a governança nas transações dos apicultores associados à Apismar
Fecha
2011-09-27Metadatos
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Este estudo visa determinar a organização e a governança nas transações dos apicultores associados à APISMAR e descrever a cadeia de produção do mel no estado do Rio Grande do Sul. Utiliza-se como arcabouço teórico o conceito de cadeia de produção agroindustrial, o modelo estrutura-conduta-desempenho (ECD) e a teoria dos custos de transação (ECT). O método de pesquisa é o descritivo exploratório, com dados primários (questionários estruturados aplicados aos apicultores e entrevista realizada junto ao presidente da APISMAR) e dados secundários. Os resultados mostram que a produção de mel no Brasil vem crescendo nos últimos anos e que o estado do Rio Grande do Sul é o principal produtor. Internamente, destacam-se a mesorregião Noroeste, com 35% da produção de mel; a microrregião da Campanha Central e o município de Santana do Livramento. A atividade apícola no Estado é desenvolvida por 27 mil apicultores e 50% da produção vai diretamente para o exterior, sendo o maior importador os Estados Unidos. Com relação aos associados à APISMAR, constatou-se que predomina a produção em pequena propriedade (de 1 a 5 ha), que estão há vários anos na atividade (a mais de 10 anos) e que utilizam tecnologia manual e flora nativa. Além disso, em relação à estrutura, os produtores não diversificam a produção, não diferenciam o produto e consideraram como principal barreira à entrada a dificuldade na venda. Praticam preços iguais à média do mercado e trabalham a redução de custos. O número de produtores de mel se concentra no extrato de 1 a 50 colméias e a produtividade média é de 27 quilos/colméia/ano. Sobre a governança nas transações dos apicultores, verificou-se que predomina a via mercado, devido, principalmente, à baixa incerteza e especificidade de ativos.