Valores organizacionais e bem-estar no trabalho: um estudo de caso em um hospital público de ensino
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2014-06-24Metadatos
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O presente estudo têm como objetivo geral estabelecer a relação entre valores organizacionais e o bem-estar no trabalho segundo a percepção dos servidores de uma instituição pública de saúde. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa, de caráter descritivo, realizada em um Hospital Público de Ensino de uma Universidade Federal, com todos os Servidores Técnico-Administrativos em educação, ativos, lotados e em exercício no hospital, buscando-se obter o número máximo de retornos. No entanto, foi calculado para o estudo o tamanho da amostra mínima. Os instrumentos de medida utilizados foram: O Inventário de Perfis de Valores Organizacionais IPVO de Oliveira e Tamayo (2004) e a Escala de Percepção do Bem-Estar Pessoal nas Organizações EPBO de Dessen e Paz (2010). As variáveis pessoais analisadas foram: idade, sexo, escolaridade, estado civil, e as profissionais: tempo na instituição, cargo ocupado, classe, setor atual de trabalho e o tempo que trabalha no setor e turno de trabalho. A fim de apresentar contribuições à instituição para melhorar a compreensão do bem-estar dos trabalhadores em função dos valores organizacionais e, assim, propor à gestão de pessoas sugestões para elaboração de plano de ação que resulte no aumento da satisfação dos servidores e no comprometimento organizacional. O dados foram analisados quantitativamente por meio da utilização do software SPSS versão18.0. Para fins de análise foram utilizadas estatística descritiva, análise fatorial, alpha de Cronbach, médias, teste t, ANOVA e correlação de Pearson, sendo o estudo de caso a estratégia de pesquisa escolhida. Como referências teóricas em valores foram utilizadas a Teoria de Valores Humanos de Schwartz (1992, 2005) e os estudos de Tamayo e seus colaboradores (1996, 2000, 2005, 2006). Em relação ao bem-estar no trabalho foram utilizados os conceitos desenvolvidos por Paschoal (2008); Paz (2004) e Dessen e Paz (2010) que expressam as duas correntes do bem-estar geral: a do bem estar subjetivo e a do bem-estar psicológico, pois, nesta conceituação são visíveis tanto os aspectos afetivos (emoções e humores) quanto os aspectos cognitivos (realização). A pesquisa apresentou como principais resultados a forte identificação dos servidores com a instituição e a importância do papel da chefia no contexto da produção em saúde. As baixas médias atribuídas à algumas varáveis do bem-estar, caracterizou a importância da dimensão hedônica do bem-estar na percepção dos servidores, demonstrando assim que a congruência entre os valores pessoais e organizacionais poderá gerar um maior bem-estar organizacional.