Manejo do solo na entressafra do arroz e sua influência na emissão de gases de efeito estufa e na produtividade da cultura da soja
Fecha
2014-03-12Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O cultivo da soja (Glycine Max) em rotação com o arroz (Oryza sativa) em solos de várzea é uma prática crescente no estado do Rio Grande do Sul (RS). No entanto, existem poucas informações sobre a emissão de metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) durante o cultivo da soja em várzea e a contribuição da fixação biológica (FBN) para a cultura nesse ambiente. O estudo teve por objetivo avaliar as emissões de CH4 e N2O, a FBN e a produtividade da soja em várzea manejada durante três anos com diferentes sistemas de manejo do solo/palha após a colheita do arroz. O experimento foi conduzido no ano agrícola 2012/2013 em um Planossolo Hidromórfico Eutrófico arênico. Os tratamentos foram compostos por diferentes sistemas de manejo do solo/palha aplicados durante três anos após a colheita do arroz: azevém (AZ), grade (G), rolo-faca (RF), pousio + grade (P+G), grade + grade (G+G), rolo-faca + grade (RF+G), retirada da palha (RP) e pousio (P). Além desses, foi avaliada uma área natural de banhado (AN) que serviu como testemunha. A AN apresentou as menores emissões de N2O, porém elevada emissão de C-CH4 (161 kg ha-1) quando comparada ao cultivo da soja em várzea. As maiores emissões de N2O ocorreram no período de cultivo da soja, sendo observada no tratamento AZ a maior emissão acumulada desse gás (7,9 kg de N-N2O ha-1). O manejo do solo/palha realizado com G, comparado aos sistemas com RF e P, provocam aumento da densidade em até 10% e redução na macroporosidade e porosidade total na camada superficial do solo. As modificações causadas nos atributos físicos do solo pelos diferentes sistemas de manejo do solo/palha, não resultaram em diminuição no acúmulo de N, contribuição da FBN (média de 67%) e produtividade de grãos de soja.