Produção de biomassa, teor de óleo essencial e trocas gasosas em Aloysia triphylla submetida a diferentes disponibilidades hídricas
Abstract
A crescente demanda por fármacos no Brasil nos remete ao aperfeiçoamento nas práticas de
cultivo de plantas medicinais, para que além de quantidade a qualidade seja preconizada. O
presente trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento, desenvolvimento, produção de
óleo essencial, bem como trocas gasosas e parâmetros fisiológicos em Aloysia triphylla
submetida a diferentes disponibilidades hídricas ao longo das quatro estações do ano. O
experimento foi conduzido em estufa plástica pertencente ao laboratório de agroclimatologia
da UFSM campus de Frederico Westphalen RS, sob um delineamento experimental de
blocos completos casualizados com quatro repetições. As avaliações foram realizadas no dia
que marcou a metade de cada estação do ano (verão, outono, inverno e primavera), sendo
coletado todo o material vegetativo 20 cm acima do solo. A disponibilidade hídrica (DH) foi
baseada na evapotranspiração de referência para o ambiente externo sendo aplicados 125,
100, 75 e 50% da ETo em um turno de rega de dois dias, totalizando uma lâmina de 1620,06;
1304,05; 988,03 e 672,02 mm. ano-1, respectivamente. A produção de biomassa, a altura e a
medida indireta de clorofila (SPAD) apresentaram respostas lineares e cúbicas a
disponibilidade hídrica, sendo negativo para redução da mesma. O efeito da sazonalidade nos
revela que a estação primavera apresenta crescimento e produção de biomassa mais vigorosa,
superando as demais estações, ao passo que o inverno foi responsável pelo menor crescimento
e produção. O teor de óleo essencial foi afetado positivamente pela disponibilidade hídrica,
sendo a lâmina de maior rendimento a de 75 e 50 % da ETo respectivamente. As estações do
ano verão e inverno detiveram os maiores teores de óleo essencial nas folhas. Quanto as
variáveis que compreendem as trocas gasosas da planta com a atmosfera, a transpiração foi
menor em função da redução da DH, promovendo consequentemente uma maior resistência
estomática e aumento da temperatura da folha, sendo a face abaxial responsável pela maior
parte da transpiração total da planta.