Efeito da luz, temperatura e estresse hídrico no potencial fisiológico de sementes de anis, funcho e endro
Abstract
O objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos da luz, da
temperatura e do estresse hídrico na germinação e no vigor de sementes de anis, funcho e endro. O experimento foi conduzido em duas etapas. Na etapa I, as sementes foram colocadas para germinar nas temperaturas constantes de 20, 25, 30 ºC e alternada de 20-30 ºC na presença e ausência de luz. Os parâmetros avaliados foram: percentagem de
germinação, primeira contagem, índice de velocidade de germinação, comprimento e massa seca das plântulas. Na etapa II, as sementes foram colocadas em substrato embebido em solução de polietileno glicol (PEG 6000) nos potenciais osmóticos correspondentes a zero; -0,05; -0,10;
-0,15; -0,20; -0,25; -0,30 MPa. Avaliou-se a percentagem de germinação, primeira contagem e índice de velocidade de germinação. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado com os dados submetidos à análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade, na etapa I e análise de regressão polinomial, na etapa II. Conforme os resultados
pode-se concluir que a germinação das sementes de anis, funcho e endro ocorre tanto na presença quanto na ausência de luz, porém a manifestação do vigor é favorecida pela luz. A germinação das sementes de endro é maior na presença de luz. As sementes de anis, funcho e endro, sem dormência, germinam melhor nas temperaturas constantes de 20 e 25 °C e a temperatura de 30 °C não é adequada para o teste de
germinação nestas espécies. As sementes de endro são mais tolerantes ao estresse hídrico que as sementes de anis e funcho. A diminuição dos potenciais osmóticos reduz a germinação e o vigor das sementes de anis, funcho e endro, sendo o vigor mais afetado que a germinação. A
germinação é reduzida drasticamente, a partir de -0,1 MPa para funcho e -0,2 MPa para endro, quando há diminuição dos potenciais osmóticos com polietileno glicol 6000.