Severidade de ocorrência de mancha de septória e produtividade do girassol irrigado
Abstract
Neste trabalho objetivou-se verificar a severidade de ocorrência de mancha de septória em girassol, sua associação aos elementos meteorológicos e seu efeito na produtividade do
girassol cultivado a campo sob irrigação. Os experimentos foram conduzidos em Santa Maria RS durante a safra de 2008 e safrinha de 2009, com semeaduras em setembro e fevereiro, respectivamente. Foram realizadas observações de severidade de mancha de septória durante todo o ciclo da cultura e, com o auxílio de um sistema de previsão de doenças, foram definidos diferentes momentos para as aplicações de fungicida. Os resultados demonstram
que sequencias de dias chuvosos, com temperatura favorável ao patógeno, tendem a contribuir para o desenvolvimento da mancha de septória no girassol. Em compensação, quando a água necessária às plantas é reposta por meio de irrigações, mesmo que a temperatura seja favorável ao patógeno, a taxa de desenvolvimento da doença é menor do que durante e até 10 dias após períodos chuvosos. Foram verificadas diferenças de severidade observada de mancha de septória entre tratamentos com e sem aplicação de fungicida, mas essas não
apresentaram relação significativa com a produtividade de aquênios do girassol. A aplicação de fungicida, conforme os diferentes tratamentos, também não apresentou associação
significativa com a produção de aquênios. Portanto, diferenças significativas nas variáveis que representam a progressão da doença não implicam necessariamente em diferenças significativas de produtividade.