Qualidade de grãos de feijão para o cozimento
Resumo
Três experimentos foram conduzidos com o objetivo de avaliar
metodologias para a identificação de genótipos de feijoeiro com qualidade para o cozimento. No primeiro experimento, foram analisadas duas cultivares de feijão (TPS Nobre e Pérola) em nove tempos de embebição (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16 e 18 horas). Os resultados obtidos mostraram que a absorção de água aumenta com o tempo em que os grãos permanecem embebidos; o tempo de cozimento diminui à medida que os grãos permanecem imersos; correlação negativa e significativa foi obtida entre o teste de absorção de água e o tempo de cozimento. No segundo experimento, as dezenove cultivares de feijão, registradas para o cultivo no estado do Rio Grande do Sul, foram avaliadas em quatro tempos de embebição (8, 11, 14 e 17 horas). Os resultados revelaram presença de interação significativa entre cultivares e tempos de embebição em relação à percentagem de grãos normais, ao teste de absorção de água pelos grãos e ao tempo de cozimento; os coeficientes de correlação entre estas características diferiram em magnitude e em sinal para as diferentes cultivares. Oito horas de embebição dos grãos de feijão, para a avaliação do teste de absorção de água e para a quantificação do tempo de cozimento, são eficientes na identificação de cultivares com cozimento rápido. No terceiro experimento, foi avaliado o efeito de cinco épocas de semeadura na qualidade para o cozimento de duas cultivares (TPS Nobre e Pérola). O tempo de cozimento foi variável nas diferentes épocas de semeadura, para as duas cultivares, mas foi sempre reduzido (15min24s a 20min37s). Os coeficientes de correlação obtidos diferiram em magnitude e em significância para as variáveis analisadas. Os resultados evidenciam que as condições ambientais prevalecentes, durante o período de obtenção dos grãos de feijão, interferem na qualidade para o cozimento.