Acidente vascular encefálico: perfil sóciodemográfico de usuários e cuidadores
Resumen
Objetivo: O objetivo desse estudo foi conhecer o perfil sóciodemográfico dos usuários acometidos por AVE internados em um hospital universitário do interior do estado do Rio Grande do Sul e seus cuidadores. Metodologia: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo no qual foram entrevistados através de um instrumento sociodemográfico, usuários que estiveram internados em um hospital da região central do estado no período de janeiro de 2011 a dezembro de 2012 e seus cuidadores. Resultados: Participaram do estudo 8 usuários e 7 cuidadores, totalizando 15 sujeitos. Quanto ao gênero quatro (50%) dos usuários eram do sexo masculino e quatro (50%) do sexo feminino, já entre os cuidadores cinco (51,4%) do sexo feminino e dois (21,6%) do sexo masculino. Observou-se que todos os usuários e a maioria dos cuidadores apresentavam baixa escolaridade e diversos fatores de risco para o desenvolvimento de DCNT. Apesar disso, apenas quatro (50%) usuários frequentavam Unidades de Saúde. Entre os cuidadores seis (85,7%) possuíam vínculo familiar e 6 (85,7%) relataram ter sua rotina modificada após o adoecimento do familiar, deixando de realizar atividades habituais. Conclusão: O AVE modifica a vida do indivíduo e daqueles que estão a sua volta, portanto não pode ser visto isoladamente como uma doença. Sendo assim, não se deve esquecer a figura do cuidador, que muitas vezes acaba adoecendo neste processo. As medidas utilizadas atualmente para o combate da doença parecem não alcançar a eficácia desejada, sendo necessária a implantação de ferramentas e tecnologias já existentes e, no caso da patologia já instalada é necessário pensar em alternativas que amparem o usuário e sua família desde o momento da internação, não havendo desresponsabilização pelos casos no momento da alta, desenvolvendo assim, uma relação de confiança entre usuários, familiares e equipes de saúde.