Cultura starter produzida em meio de cultura de plasma suíno e antioxidante natural na elaboração do salame
Fecha
2007-01-24Metadatos
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Este trabalho teve por objetivo produzir e aplicar em salame uma cultura starter ácido láctica utilizando um meio de cultura de plasma suíno e avaliar o efeito de dois níveis (0,5% e 1%)
de extrato hidro-alcoólico de marcela (Achyrocline satureioides) na segurança e qualidade de salames. No primeiro experimento, o microrganismo Lactobacillus plantarum foi fermentado em um meio de cultura de plasma suíno, com controle de pH, durante 36 horas, sob agitação contínua a 100 rpm e temperatura de 37 (± 0,1ºC). Após entrar na fase
estacionária a cultura foi liofilizada e aplicada em salame, avaliando sua influência nas características microbiológicas, físico-químicas e sensoriais. Para efeitos comparativos, foram elaborados tratamentos sem adição de cultura starter e com adição de uma cultura comercial. No segundo experimento, salames foram elaborados com 0,5% e 1% de extrato hidro-alcoólico de marcela e sem extrato, considerados como controle. Os parâmetros de pH, atividade de água, cor e perda de peso foram avaliados durante a fabricação dos
salames. Durante o armazenamento os valores de TBARS foram determinados e foi verificada a aceitação sensorial. O microrganismo Lactobacillus plantarum teve um crescimento máximo de 9,82 Log UFC.mL-1, após 30 horas de fermentação e apresentou 90,05% de sobrevivência a liofilização. Os salames elaborados com a cultura starter produzida apresentaram uma queda de pH significativamente mais rápida e uma menor atividade de água que os demais tratamentos. Além disso, o microrganismo Lactobacillus plantarum significativamente melhorou o sabor dos salames. A adição de extrato de marcela diminuiu (p<0,05) os valores de TBARS durante o armazenamento dos salames, comparado ao controle. O tratamento com 1% de extrato de marcela mostrou uma maior estabilidade lipídica do que aquele com 0,5%, porém apresentou uma diminuição (p<0,05) na aceitação sensorial. Os dois níveis de extrato de marcela não influenciaram significativamente os parâmetros de pH, atividade de água, cor e perda de peso. Portanto, este estudo indicou que o meio de cultura de plasma suíno é uma alternativa na produção comercial de bactérias ácido lácticas e que a cultura starter produzida proporcionou salames de maior segurança microbiológica e melhor aceitação sensorial. O extrato hidro-alcoólico de marcela diminuiu a oxidação lipídica e a concentração de 0,5% não alterou as características sensoriais, podendo, portanto, ser utilizada na elaboração de salames mais seguros aos consumidores.