Estudo dos resultados dos exames citopatológicos, colposcópicos e histológicos cervicais em mulheres portadoras do vírus da imunodeficiência humana
Date
2013-12-09Metadata
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O câncer de colo de útero é o segundo tipo de tumor mais frequente na população
feminina. Em 2008, segundo a Organização Mundial de Saúde, apresentou incidência mundial
de 530 mil casos. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a doença apresentou uma
incidência média, no ano de 2010, de 18,43 novos casos para cada 100.000 mulheres. Essa
afecção pode ser prevenida através da detecção e do tratamento precoce. O método principal e
mais amplamente utilizado para rastreamento do câncer do colo do útero é o exame
citopatológico do colo do útero. Contudo, o diagnóstico do câncer cervical pode ser realizado
com base na citologia, na colposcopia e na histologia, sendo essa última o padrão-ouro para o
diagnóstico. Em pacientes com infecção pelo vírus do HIV, o rastreamento do câncer de colo
de útero é uma situação muito especial em função da defesa imunológica reduzida e da maior
vulnerabilidade às lesões precursoras do câncer do colo do útero. Objetivo: Estudar os
resultados dos exames citopatológicos, colposcópicos e histopatológicos em mulheres com
diagnóstico de infecção pelo HIV, atendidas no serviço de Infectologia do Hospital
Universitário de Santa Maria, Brasil. Métodos: Estudo transversal, realizado no serviço de
ginecologia do Hospital Universitário Santa Maria, no período de abril de 2012 a julho de
2013. A amostra foi constituída de 80 mulheres com infecção prévia pelo HIV. Resultados:
A taxa de exames de citologia alterados foi de 3,4% para lesão intraepitelial de baixo grau e
1% para ASCUS. Dentre as 12 mulheres submetidas à biópsia do colo do útero, 16,6%
tiveram diagnóstico de NIC I ou II e 16,6% de NIC III. Houve uma associação
estatisticamente significativa entre o tempo de infecção pelo HIV e as alterações histológicas.
Discussão: As proporções de alterações encontradas nos exames de citologia destoam das
registradas por outras pesquisas mundiais; todavia, foram semelhantes às descritas no Brasil.
Considerações finais: O rastreio das lesões precursoras do câncer do colo do útero em
mulheres com infecção pelo HIV deve ser priorizado nos serviços públicos de saúde.