Correlações entre biofilme e condição gengival em diferentes frequências de higiene bucal
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2016-07-26Metadatos
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A gengivite é considerada a forma mais prevalente dentre as doenças periodontais.
Evidências têm mostrado a importância da gengivite como precursora da perda de
inserção periodontal e perda dental. A despeito de sua importância, muitas vezes o
diagnóstico da inflamação gengival é negligenciado. Para a manutenção de saúde
gengival, procedimentos de desorganização mecânica do biofilme devem ser
realizados de forma efetiva e periódica. Estudos observaram que frequências de
higiene bucal (HB) de 12 e 24 horas estão relacionadas a manutenção de saúde
gengival. Tão importante quanto a frequência, é a qualidade em que esse
procedimento é realizado. Estudos que avaliam a associação entre frequência de
escovação, desorganização efetiva do biofilme e alterações clínicas gengivais têm
um papel importante na prevenção e tratamento das gengivites. Portanto, o objetivo
deste estudo foi avaliar a existência de correlação entre biofilme e inflamação
gengival em indivíduos que realizaram efetivo controle do biofilme em diferentes
frequências. Os dados deste estudo foram coletados de um ensaio clínico
randomizado realizado no ano de 2012 na cidade de Santa Maria, RS, Brasil. A
amostra foi composta por 52 estudantes de cursos não relacionados a área da
saúde da UFSM inicialmente randomizados em 4 frequências de higiene bucal e
agrupados em 2: grupo G12/24 (12 e 24h) e grupo G48/72 (48 e 72h). No G12/24,
mesmo havendo aumento nos níveis de Índice de Placa (IPl) durante os 30 dias, os
níveis de inflamação gengival não diferiram estatisticamente do baseline. Já no
G48/72, aumento nos níveis de IPl foi acompanhado por aumento nos níveis de
inflamação gengival. Houve correlação positiva em ambos os grupos, no entanto, a
correlação diminuiu no G12/24, demonstrando que o aumento nos níveis de biofilme
não foi suficiente para desenvolver resposta inflamatória gengival. Em indivíduos
que realizam controle efetivo do biofilme, a correlação entre biofilme e inflamação
gengival é afetada pela frequência de higiene bucal.