Patrimônio público: de todos ou de ninguém? Um estudo antropológico sobre intervenções ao patrimônio escolar
Abstract
Por que os alunos produzem marcas nas paredes, muros, mesas e armários da escola? Seriam estas manifestações puramente violentas, relacionadas à revolta gratuita e vandalismo contra a instituição de ensino? A proposta deste trabalho é buscar respostas para estes questionamentos, encontrando interpretações alternativas ao senso comum para as intervenções feitas por frequentadores de espaços públicos escolares. Para tanto, realizou-se trabalho de campo com viés etnográfico no Instituto Estadual de Educação Tiaraju, localizado no município de São Sepé/RS, de onde se extraiu subsídios para demonstrar que tipo de relação os estudantes constroem com o espaço escolar, como estes vínculos invisíveis são exteriorizados e materializados e por quais motivos a escola pode ser considerada um patrimônio local.