Modificações vocais e laríngeas imediatas em mulheres após a técnica de fonação em tubo de vidro imerso em água
Fecha
2013-03-04Metadatos
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verificar e correlacionar as modificações vocais acústicas de filtro e de fonte glótica, perceptivoauditivas, laríngeas, nível de pressão sonora (NPS) e sensações vocais autorrelatadas após a fonação em tubo de vidro imerso em água (FTVIA), em mulheres adultas. Métodos: estudo observacional transversal analítico quantitativo, composto por 24 mulheres adultas, com idades entre 18 e 40 anos (média 23,04 anos), sem afecções laríngeas (AL) e sem queixas vocais, sendo 12 do grupo de estudo (GE) e 12 do grupo de controle (GC). No GE, realizou-se a coleta da vogal /a:/, medida do NPS, videolaringoestroboscopia (VLE), execução da técnica de FTVIA em três séries de 15 repetições e, imediatamente após, a coleta da vogal /a:/, medida do NPS, VLE e relato de sensações em relação à voz. No GC, os mesmos procedimentos foram realizados, porém, ao invés da execução da técnica, as voluntárias permaneceram em silêncio. Realizou-se a análise acústica vocal com os programas Multi Dimension Voice Program Advanced e Real Time Spectrogram (Kay Pentax®). Juízas fonoaudiólogas realizaram a análise das espectrografias, com protocolo específico e perceptivoauditiva com a escala RASATI, e juízes otorrinolaringologistas realizaram a análise da VLE. Utilizaram-se os testes estatísticos Wilcoxon, Qui-quadrado e Spearman. Resultados: no GE: melhora do quociente de perturbação do pitch suavizado (sPPQ), índice de turbulência vocal (VTI), Shimmer percentual (Shim) e Shimmer em dB (ShdB); da soprosidade na RASATI; do escurecimento do traçado do quarto formante, da definição do primeiro formante, da definição e do número de harmônicos; aumento do NPS e da sensação de voz melhor; na VLE: a constrição do vestíbulo laríngeo não se alterou significativamente. Correlação positiva entre a sensação de voz melhor e a definição do segundo e terceiro formantes e regularidade do traçado; entre medidas de Shimmer e soprosidade; entre frequência fundamental máxima e instabilidade. Conclusão: no grupo de mulheres sem afecções laríngeas e sem queixas vocais estudado, a técnica gerou redução da aperiodicidade da vibração glótica e do ruído, com aumento da energia harmônica e consequente melhora do sinal glótico; maior NPS, ressonância e projeção vocal, melhorando as sensações subjetivas à produção vocal; na VLE, a não alteração da constrição do vestíbulo laríngeo sugere que a técnica não provoca hipertensão laríngea.