A inserção da educação ambiental no currículo do curso de Agronomia: um estudo de caso na UFSM.
Fecha
2006-06-02Metadatos
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Este estudo tem como objeto de investigação a educação ambiental inserida no currículo do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria e que teve como motivações: o trabalho desenvolvido em conjunto com a equipe da Unidade de Apoio Pedagógico do Centro de Ciências Rurais que tem como objetivo assessorar a Direção nos assuntos didático-pedagógicos dos cursos do Centro; o empenho pessoal em auxiliar em uma formação que contemple os aspectos humanísticos e socioambientais para auxiliar na construção da sustentabilidade rural. A pesquisa se desdobrou em dois momentos um em que foi observado e analisado o cenário da elaboração do novo PPP do Curso no que tange as possibilidades e dificuldades da inserção da educação ambiental, com intervenções em vários momentos de modo que se criassem espaços de diálogo e reflexão para que houvesse inovações nesse sentido. Em outro momento foi usado o instrumento de entrevistas semi-estruturadas para analisar as falas de professores e alunos que participaram diretamente e ativamente de tal processo e para a compreensão das suas concepções de educação ambiental, sustentabilidade e meio ambiente para a verificação de como elas interferiram no novo Projeto de Curso. Para tanto, foi realizada uma investigação qualitativa, com abordagem crítico-dialética e os resultados obtidos permitiram verificar que ainda existem obstáculos epistemológicos, pedagógicos e políticos para a inserção da educação ambiental emancipatória, tais como o não redirecionamento da pesquisa, o currículo fragmentado e hierarquizado, com a teoria dissociada da prática, a prática pedagógica tradicional em que ainda predomina a metodologia de exposição oral e avaliação da aprendizagem classificatória. Apesar dessas barreiras, o Curso apresenta potencialidades a serem trabalhadas que se traduzem em inovações para a construção de uma formação profissional que contemple aspectos humanísticos e socioambientais. Tais como um perfil profissional um pouco mais coerente com as demandas da sociedade, o currículo mais flexível que o anterior, a introdução de uma disciplina que integra conteúdos dos quatro primeiros semestres do Curso, a existência e permanência de grupos questionadores da linha hegemônica do Curso.