“Comunidades de investigação”: memórias dos sujeitos educativos sobre as vivências das aulas de filosofia para crianças.
Abstract
Estruturada em quatro capítulos, a partir de observações em torno do interesse das crianças pelas aulas de Filosofia, nesta pesquisa Comunidades de Investigação : Memórias dos Sujeitos Educativos sobre as vivências das aulas de Filosofia para Crianças, apresentam a experiência de diálogos filosóficos com o público infantil. Tendo como temática central o resgate das memórias dos sujeitos educativos e as minhas, em vivências filosóficas, quando atuei como responsável
pelo planejamento, elaboração de projetos, escolha de vivências e elaboração dos objetivos a serem trabalhados nos processos de discussão com crianças. Tal projeto foi realizado na cidade de Erechim, no Colégio São José, pertencente à Congregação Franciscana, no período compreendido entre o ano de 2001 até o ano de 2005. Para tanto, percorri o caminho percorrido o caminho metodológico de cunho bibliográfico aliado à metodologia de História Oral Temática,
evidenciado em entrevistas semi-estruturadas sobre as memórias da pesquisadora do processo filosófico e de quatro grupos distintos: educandos (três, crianças com faixa etária entre oito e quatorze anos), docentes (duas professores regentes), pais (três pais), três representantes do grupo diretivo e administrativo. Nessa direção, a problemática motivadora do estudo: quais são as memórias dos sujeitos educativos, envolvidos no processo de diálogos e vivências filosóficas, a respeito do projeto de Filosofia para Crianças que foi desenvolvido entre o ano de 2001 até 2005, no Colégio São José? Como objetivo geral, priorizei as possibilidades educativas e relevantes sobre o programa de Filosofia para Crianças proposto por Mattew Lipman. Para o uso de idéias que tratam sobre a Filosofia para Crianças, sobre a metodologia lúdica e os motivos da inserção do projeto no Colégio São José, com vistas a detectar saberes acerca da formação docente. Emergiram desse estudo, saberes importante a prática docente para profissionais de
todas as áreas dos conhecimentos. As possibilidades educativas encontrados nessas memórias e nos resgates teóricos, tratam da ludicidade, do uso do método para mediar diálogos filosóficos com crianças; do entendimento da Infância como fase do desenvolvimento onde a criança
expressa uma linguagem basicamente simbólica; da importância da Filosofia como um espaço de vivências e de trocas entre as crianças e a importância do trabalho docente e das relações de apoio e solidariedade que estabelece em ambiente escolar.