O currículo e a inclusão na educação superior: ações de permanência nos cursos de graduação da UFSM
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2014-06-30Metadatos
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Esta pesquisa foi desenvolvida no curso de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, na Linha de Pesquisa em Educação Especial. A temática que balizou esta pesquisa refere-se às Ações de Permanência quanto ao currículo em cursos da Educação Superior. As Ações de Permanência são compreendidas como ações que, quando realizadas, promovem maior acessibilidade aos alunos com deficiência/necessidades educacionais especiais (NEE), ou seja, ações que permitem mais envolvimento e aproveitamento desses alunos diante de suas necessidades especiais. O currículo é compreendido, nesta dissertação, como todo o processo educacional do aluno em sua aprendizagem dentro do curso de graduação que ingressou, englobando desde a metodologia e planejamento docente até a grade de conteúdos a ser vencida para se concluir o curso de graduação. De forma abrangente, objetivou-se analisar as Ações de Permanência necessárias ou não em relação ao currículo dos cursos de graduação para o processo de inclusão de alunos com NEE na Educação Superior. Esse objetivo desdobrou-se em averiguar, junto aos coordenadores de cursos de graduação da UFSM, a existência da realização de Ações de Permanência em relação ao currículo para alunos com deficiência/NEE, ingressos pela Ação Afirmativa B ; constatar a procedência dessas Ações de Permanência; buscar como essas Ações, quando ocorrem, são normatizadas, registradas; e, por fim, verificar a eminência de alteração de formação/diplomação causadas pelas Ações de Permanência realizadas. A pesquisa é de cunho qualitativo-descritivo e fez uso de entrevistas semiestruturadas, às quais responderam seis coordenadores de cursos de graduação da UFSM, que tiveram, no processo seletivo de dezembro de 2011, alunos ingressos pela Ação Afirmativa B . A análise das entrevistas se deu através da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin. O conteúdo das falas demonstrou: as várias Ações de Permanência realizadas tanto a partir de solicitações de alunos como das coordenações de curso; a necessidade de formação dos docentes quanto ao processo de inclusão de alunos com deficiência/NEE; as reflexões acerca das possíveis Ações de Permanência quanto ao currículo e a fragilidade do processo de inclusão na universidade, que necessita de políticas institucionais que balizem esse processo. Foi possível concluir que, apesar dos movimentos em busca da construção de Ações de Permanência solicitadas pelos alunos, elaboradas pelas coordenações de curso e orientadas pelo Núcleo de Acessibilidade da UFSM, ainda se faz imperativo: a implantação de políticas institucionais de orientação conjuntas entre a Pró-reitoria de Graduação - PROGRAD, o Núcleo de Acessibilidade e os cursos de graduação quanto às adaptações curriculares; a formação continuada em serviço dos professores da Educação Superior sobre o tema: Educação Inclusiva e orientações gerais quanto ao procedimento para as possíveis Ações de Permanência que se fizerem necessárias.