O significado do curso do Pronatec e a inserção no mercado de trabalho do jovem egresso do programa
Resumo
Este trabalho situa-se na Linha de Pesquisa Práticas Escolares e Políticas Públicas
do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa
Maria. Ao enfocar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(PRONATEC), debruça-se no problema: Quais os impactos efetivos do PRONATEC
na vida e na inserção dos jovens no mercado de trabalho? . Esta investigação
científica teve como objetivo geral analisar os impactos efetivos do PRONATEC na
vida e na inserção dos jovens no mercado de trabalho. Foram objetivos específicos:
Identificar o perfil dos jovens egressos dos cursos do PRONATEC; Verificar a
avaliação dos jovens em relação aos cursos ofertados pelo PRONATEC; Buscar o
impacto do PRONATEC na vida dos jovens egressos do programa. O fenômeno foi
analisado quanti/qualitativamente através da análise de 415 fichas de matrícula de
jovens egressos de cinco cursos de Formação Inicial Continuada do PRONATEC de
uma instituição do Sistema S do município de Santa Maria RS. As fichas de
matrícula apresentaram informações como sexo, estado civil, etnia, escolaridade e
situação ocupacional dos jovens. Também foram realizadas entrevistas com 8
jovens, nas quais se discutiram questões como juventudes, educação, trabalho, os
pontos fortes e os pontos fracos do curso do PRONATEC e a contribuição do curso
em relação à qualificação profissional. O referencial teórico e a análise dos dados
foram baseados em estudos de autores como Abramo (1997, 2005), Carrano (2010),
Cassiolato e Garcia (2014), Corrochano (2008, 2013, 2014), Faleiros (2006),
Gonzalez (2009), Leite (2003), Melucci (1997), Sposito e Carrano (2003), entre
outros. Entre os achados, verificou-se que os jovens buscam no curso do
PRONATEC uma possibilidade de rápida inserção no mercado de trabalho; a
importância da certificação, ainda que esta não seja garantia de emprego; a
constatação de que a formação nestes cursos permanecem voltadas ao
desenvolvimento de atividades pontuais sem desenvolver no jovem a construção de
um pensamento crítico; e a necessidade de ofertar cursos que considerem as
demandas tanto dos jovens quanto da economia local.