Desempenho de elementos descompactadores para escarificação em sistema de semeadura direta
Abstract
A competitividade do sistema produtivo agrícola têm levado os produtores a buscar formas de intensificar seus cultivos e aumentar seus lucros. Com a redução das janelas de semeadura e a intensificação dos sistemas produtivos, houve um aumento da potência, do tamanho e da frequência de utilização dos equipamentos no sistema de semeadura direta. Essas máquinas maiores e mais pesadas trouxeram alguns problemas ao sistema, a compactação do solo pelo trafego intenso desses equipamentos. Essa compactação, além de prejudicar o desenvolvimento das raízes das plantas, aumenta o requerimento de força dos implementos. Então, a elevação desses níveis aliada a redução ou estagnação nos níveis de produção têm justificado a intervenção no sistema com algum tipo de equipamento de preparo de solo, e o implemento que melhor se enquadra pelas características de desenvolver um preparo conservacionista é o escarificador. Tendo em vista que há deficiência de informações comparativas entre escarificador e seus órgãos ativos, o trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho de três diferentes elementos descompactadores utilizados em escarificadores (um experimental e dois comerciais), com vistas a levantar informações que sirvam de base para diagnosticar o potencial de mercado do elemento descompactador experimental frente às comerciais, utilizando como parâmetro para comparação, a força e potência média na barra de tração, área de elevação, mobilização e empolamento do solo, consumo horário e específico operacional de combustível e a resistência específica operacional. Os resultados mostraram que o elemento descompactador experimental teve um desempenho melhor do que os comerciais, nas principais variáveis estudadas, tais como o consumo horário de combustível, força média na barra de tração e potência média na barra de tração. A presença do disco de corte à frente dos elementos descompactadores prejudicou a demanda de força de tração, mas com menor consumo de combustível. O aumento da velocidade de deslocamento proporcionou aumento da demanda de força de tração e consumo horário de combustível e reduziu o consumo específico operacional. O patinamento não atingiu os níveis recomendados pela literatura.