Avaliação do isolamento do ruído de impacto em baixas frequências de pisos de edifícios
Resumo
O objetivo do presente trabalho é avaliar o nível de pressão sonora gerado por diferentes tipos de fontes sonoras de impacto em edificações, nas frequências compreendidas entre 80 Hz e 400 Hz, utilizando diferentes combinações de piso e material resiliente nos pisos flutuantes. Embora existam normas e pesquisas - internacionais e nacional - os pesquisadores ainda não conseguiram minimizar o problema causado nas baixas frequências (crianças pulando, queda de objetos, arrastar de móveis). Dessa forma, considera-se a avaliação do ruído de impacto em baixas frequências um assunto interessante. Considerando que diferentes fontes de ruído de impacto geram diferentes espectros de excitação que, por sua vez, são mais ou menos representativos para a situação real, foram feitas medições no laboratório de acústica da UFSM com três fontes geradoras de ruído de impacto (duas normalizadas: a máquina de impacto normalizada e a máquina de impacto modificada e uma não normalizada: pera de 5 kg), três tipos de piso (laje em osso , cerâmico e laminado), dois materiais resilientes (lã de vidro e EVA) e quatro posições de fonte de ruído. As medições foram divididas em duas etapas com 12 e 4 pontos de microfone. Todavia para questão de análise os dados foram separados em 12, 4 e 16 posições de microfone. Após a análise dos dados, concluiu-se que as fontes padronizadas apresentam resultados diferentes conforme o tipo de material resiliente utilizado, mas quanto a fonte não padronizada os resultados diferenciam-se pelo tipo de piso usado sem material resiliente. As medições, tanto com 12 como com 16 pontos de microfone, seguem a mesma configuração dos resultados, mas as com 4 possuem diferenças expressivas. Evidencia-se, então, que a possibilidade de dispensa do procedimento adicional do Anexo A da ISO 10140-4:2010 é verdadeira. Outra consideração importante é que os dados não tem uma distribuição normal, provando assim que não se deve usar a média nos cálculos, contrariando o que vem sendo feito até hoje, nos cálculos de Ln, de Li,Fmax e de Ln,global. Todavia ao analisar os dados calculados em função da mediana paras fontes padronizadas, observou-se que os valores não possuem diferença expressiva em relação aos calculados em função da média, não sendo necessário para este tipo de excitação o uso da mediana. Por outro lado, para a fonte não padronizada os valores apresentaram valores persuasivos, o que mostra que para este tipo de excitação acústica é necessário o uso da mediana. Mas não há diferenças relevantes nos resultados obtidos com as medições com 12 e 16 posições de microfone calculadas em função da mediana.