Estimativa de chuvas intensas no Rio Grande do Sul a partir das relações genéricas de Bell e Chen
Fecha
2015-04-27Metadatos
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O conhecimento das relações entre intensidade - duração - frequência (relação IDF) das chuvas intensas é de enorme importância para o projeto de obras de Engenharia. No entanto, a disponibilidade destes dados é limitada, devido à escassez de registros pluviográficos no Rio Grande do Sul (RS) ou, quando estes existem, geralmente abrangem pequenos períodos de observação e/ou com falhas, o que os torna sem utilidade para a determinação das relações IDF. Nesse cenário, se propõe aqui analisar a aplicabilidade no RS da metodologia sugerida por Bell (1969) e Chen (1983). Bell (1969) propôs uma equação para todo o planeta, onde a precipitação intensa, para qualquer duração e tempo de retorno, é determinada com base apenas na precipitação com tempo de retorno de 10 anos e duração de 1 hora, do local onde se quer determinar. A proposta de Bell se baseia no fato que chuvas intensas normalmente são produzidas por sistemas convectivos, que se comportam de forma semelhante independentemente do local da precipitação. Inúmeras modificações da metodologia apresentada por Bell (1969) já foram realizadas e apresentaram resultados confiáveis como Back (2009), Chen (1983), Ueahara et al. (1980) entre outros. Neste trabalho, avaliou-se a aplicação da equação de Bell (1969) original, e algumas de suas modificações, introduzindo ainda modificações extras que permitam a sua utilização com os dados pluviométricos existentes no RS. Os resultados mostram que as metodologias de Bell (1969) e Chen(1983) são complementares pois foram obtidos bons ajustes para durações menores que 2 horas quando aplicado Bell (1969) e enquanto Chen (1983) apresentaram melhores ajustes nas durações superiores a 2 horas. Os maiores erros foram encontrados na estimativa das precipitações para TR de 2 anos, pois observou-se também que ambas as metodologias passam por um processo de aquecimento da equação. Para tentar suprir todo o Estado na questão das precipitações intensas, realizou-se a regionalização das equações de chuvas intensas de forma a tornar mais prática e confiável a sua utilização, o qual apresentou bons resultados somente para as regiões B D e F, e nas demais regiões (A, C e E) os resultados foram positivos somente em 60 % dos locais estudados.