Competências requeridas pelos gerentes de enfermagem hospitalar
Abstract
Após a base e a estrutura formadas sobre um regime monástico de dedicação e caridade, a enfermagem foi mudando de perfil, passando de atividade, a profissão regulamentada e respeitada. Por meio de novas atribuições entregues ao profissional enfermeiro, passou a ser necessário que este receba uma formação mais adequada as suas funções na modernidade, que incluem além dos cuidados o gerenciamento da unidade de saúde (US) onde trabalha. A partir dessa constatação foi definido o problema de pesquisa que norteou este estudo: Quais são as competências de conhecimento, habilidades e atitudes consideradas como de extrema importância para os gerentes de enfermagem?, cujos objetivos são: - Identificar o grau de importância das competências de conhecimento, habilidades e atitudes, segundo à percepção dos gerentes de enfermagem; - Caracterizar a população de gerentes de enfermagem da instituição pesquisada; - Identificar as competências consideradas de extrema importância pelos pesquisados; - Descrever sobre as competências consideradas de extrema importância pelos pesquisados. Para alcançar os objetivos foi realizada uma pesquisa de campo, de caráter exploratório, descritivo com abordagem quantitativa, que teve como sujeitos 25 gerentes de US de um hospital escola, de grande porte da cidade de Santa Maria-RS. A pesquisa realizada no ano de 2011, utilizou um instrumento de pesquisa dividido em duas partes: a) informações sociodemográficas; b) 51 itens para a eleição das competências relacionadas a habilidades (20 itens), conhecimento (16) e atitudes (15) consideradas de extrema importantes para os enfermeiros gerentes. O resultado apontou que entre as competências consideradas de extrema importância pelos enfermeiros estão: a) conhecimento: Conhecer as políticas de saúde (62,50%); Conhece a missão e os objetivos da instituição de saúde (75,00%); Conhecer os serviços desenvolvidos nas US (79,16%); Conhecimentos de normas e procedimentos (70,83%); Conhecimento da qualidade do serviço prestado (72,73%); b) habilidade: Ser capaz de comunicar-se de forma adequada com a equipe e usuários (95,83%); Ser ético com a equipe, superiores e usuários (91,67%); Ser capaz de promover e manter relacionamento com equipe e usuários (87,50%); Saber identificar problemas (82,61%); c) atitudes: Ser justo com sua equipe e usuários (70,83%); Ser aberto as mudanças (70,83%); Ter envolvimento com o trabalho, com a equipe e comunidade (70,83%); Que privilegie o trabalho em equipe (70,83%); Que saiba aceitar críticas (70,83%). Do resultado depreende-se que os pesquisados consideram de extrema importância para o gerente de unidade competências que agregadas ao seu perfil comporão um indivíduo que tem conhecimento de politicas públicas, normas, missão e objetivos e que avalia a qualidade do seu trabalho; capaz de se comunicar com os demais de maneira adequada, com um procedimento ético, de companheirismo e atento aos problemas; flexível, engajado, e participativo, sendo humildade em relação às críticas. Percebe-se que todas essas competências se reunidas numa só pessoa comporão o profissional ideal, capacitado moral e tecnicamente para assumir a sua posição gerencial, de cuidados e de cidadão, com ética, conhecimento e determinação. O resultado da pesquisa deixa perceber a necessidade de estudos posteriores que possam investigar se os enfermeiros gerentes estão colocando em prática no seu cotidiano as competências que consideram de extrema importância, de maneira que o seu desempenho profissional alcance os objetivos almejados por todos.