Projeção diamétrica em remanescente de floresta ombrófila mista na flona de Irati, PR
Resumo
O presente estudo teve como objetivo avaliar a acuracidade das projeções diamétricas em Floresta Ombrófila Mista (FOM), utilizando os modelos da Matriz de Transição e Razão de Movimentação, aplicados em amplitudes temporais e três, seis e nove anos, sendo aplicado uma amplitude de classe diamétrica 10 cm. A área de estudo localiza-se na Floresta Nacional de Irati, PR, entre os municípios de Irati, Fernandes Pinheiro, Teixeira Soares e Imbituva, região centro-sul do Paraná. A amostragem foi dividida em 25 unidades amostrais (conglomerados) de 100 m x 100 m (1 ha), subdivididos em 50 m x 50 m (0,25 ha), cada subunidade foi dividida em cinco faixas de controle de 10 m x 50 m, totalizando 20 faixas de 0,05 ha. Utilizou-se faixas de controle de 10 m x 50 m nas unidades, onde cada indivíduo arbóreo foi numerado, identificado, mapeado, e medido o dap (diâmetro a altura do peito 1,30 m a partir do nível do solo) = 10 cm. O estudou mostrou os mecanismos de transformação da floresta em um fragmento de Floresta Ombrófila Mista, conservada nos últimos 70 anos. A intensidade de amostragem foi de 1,24%, e o número ideal de unidades amostrais foi de 11 ha. O erro médio de amostragem para os quatro períodos foi de 6,26%. A área basal variou de 28,68 m² ha-1 à 30,64 m² ha-1. A eficiência das projeções foi verificada com base nos valores observados e estimados, adotando-se o teste de Kolgomorov-Smirnov. Embora tenham sido influenciadas pelas Propriedades Markovianas, as projeções realizadas mostraram eficiência para descrever a estrutura futura da floresta, sendo que o modelo da Razão de Movimentação gerou projeções menos eficientes quando comparadas às projeções efetuadas pela Matriz de Transição. A amplitude temporal de 3, 6 e 9 anos apresentou o resultado mais acurado para o modelo de Matriz de Transição, superestimando em 0,1%, 1,07% e 1,23% (2005, 2008 e 2011 respectivamente), aceitando H0 para ambas as projeções. Os resultados foram menos acurados para o Modelo de Razão de Movimentação, subestimando em 1,81%, 2,98% e superestimou em 0,66% (2005, 2008 e 2011, respectivamente) o número total de indivíduos da floresta, aceitando H0, apenas para o ano de 2005, conforme indicado pelo teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov.