Frege e a teoria da verdade como identidade
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2011-04-08Metadatos
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A presente dissertação tem como objetivo central investigar a relação entre a concepção fregeana de verdade e a chamada teoria da verdade como identidade (Identity Theory of Truth). Uma teoria da verdade como identidade é caracterizada
na literatura como a tese segundo a qual verdade consistiria, fundamentalmente, na identidade entre o conteúdo de um juízo ou proposição e um fato. A proposição expressa por uma sentença, como Aristóteles foi discípulo de Platão , é verdadeira se, e somente se, é um fato que Aristóteles foi discípulo de Platão. Assim sendo, os conteúdos das sentenças estariam em uma relação de identidade com fatos e não
em uma relação de correspondência, como as teorias clássicas da verdade irão defender. Em Der Gedanke de 1918, Frege parece defender essa teoria, mesmo que a concepção fregeana de verdade seja muito mais ampla do que isso. Neste
artigo, ele explicitamente afirma que um fato é um pensamento que é verdadeiro. E tal afirmação encaixa-se perfeitamente no slogan da teoria da verdade como
identidade. Não obstante, na literatura secundária existe uma série de discussões sobre esse tópico. Autores como Baldwin, Dodd, Kemp, Horsnby e Sluga irão discutir essa identificação entre fatos e pensamentos verdadeiros dando respostas
por vezes antagônicas. Por isso, é de grande importância reconstruir e discutir essas interpretações na tentativa de esclarecer o propósito de Frege ao fazer tal afirmação.
Conjuntamente, outros aspectos da filosofia fregeana necessitam ser explicitados, pois a concepção fregeana de verdade em geral e a teoria da verdade como identidade, em particular, estão ligadas ao restante de sua filosofia.