As novas relações Estado-sociedade: o papel desempenhado pelos movimentos sociais no Brasil e na Argentina
Fecha
2007-08-10Metadatos
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Através de análise exploratória, esta dissertação trabalha aspectos referentes à autonomia dos Estados-Nações e as funções desempenhadas pelos movimentos sociais contemporâneos, especialmente no Brasil e na Argentina, e em que medida estes são instrumentos capazes de propiciar cidadania e democracia participativa, além de ter a capacidade de inserir socialmente alguns segmentos que encontram dificuldades para participar do processo produtivo. Para isso, é preciso definir movimento social como um instrumento capaz de considerar as diferentes expectativas individuais para todo o conjunto da população, levando em conta as diferenças de gênero, idade, renda, cultura e de acesso aos direitos básicos, entre outros. A partir da atuação participativa dos indivíduos, os avanços passam a configurar conquistas e não mais concessões dos detentores do poder. Daí, a relevância das novas ações sociais como instrumentos de construção de uma cidadania qualificada, por serem frutos da conquista e terem como cerne a capacidade de criar padrões de convivência social não excludentes, mas que promovam e respeitem as diversidades. Como as novas ações dos Estados nacionais estão na definição de políticas domésticas crescentemente articuladas em nível de blocos regionais, alternativas locais podem representar a criação de novos espaços de politização e construção democrática, e a sociedade civil pode, através dos movimentos sociais, gerar arenas de negociação, nas quais as decisões sejam formadas em prol do bem-estar social, ou seja, não apenas relegando aos Estados o monopólio das decisões.