Política exterior do Brasil para com o Uruguai no período de 1852 a 1864
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2004-10-01Metadatos
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A ausência de controle político interno, por parte dos governos
uruguaios, a clara intenção de não cumprir os tratados firmados em 1851 com o Brasil e violações da fronteira levaram o Brasil a intervir no Uruguai novamente em 1864. Tratativas para o entendimento comum foram tentadas
sob os auspícios de Irineu Evangelista de Souza, então barão de Mauá, e do conselheiro José Antonio Saraiva, ministro plenipotenciário em Missão Especial no Prata. Este último, não sendo atendido em suas pretensões, emitiria um
ultimatum, medida reservada para uma situação extrema. O insucesso da missão Saraiva moveu o Império à defesa dos interesses de quarenta mil brasileiros residentes naquele país, e à destituição do presidente Atanasio Cruz Aguirre, blanco, em uma etapa seguinte. Para a consecução desse segundo
objetivo, uniram-se o general Venâncio Flores, colorado, e os brasileiros Joaquim Marques Lisboa, então vice-almirante e barão de Tamandaré, e o marechal-de-campo João Propício de Figueiredo Menna Barreto, futuro barão de São Gabriel. Apesar de conduzir à Guerra da Tríplice Aliança, a campanha
oriental de 1864 contribuiu para o fim do caudilhismo no Uruguai e o estabelecimento da paz nas fronteiras brasileiro-orientais.