Semiologia e moda: uma leitura barthesiana nas capas da revista Vogue Itália
Resumo
O presente trabalho contribui não só com a área da semiologia que pesquisa a atribuição de significados e sentidos partindo de imagens e seus vestidos - escrito e imagem -, mas também, como o passo em que a revista impressa, mesmo compartilhando espaço no mundo hodierno com os meios tecnológicos e as facilidades no acesso à informação proporcionado pelos mesmos como, instantaneidade e inovação, segue sendo um dos principais veículos e produtos do mundo moderno, perpassando histórias e épocas. Em suma, a contribuição maior do trabalho envolve pensar a partir de outras perspectivas o valor da imagem e sua essencialidade na hora de contar história e fatos, de maneira que os deixem registrados para a eternidade como forma de marcos históricos, além da sugestão de novas perspectivas acerca da moda.
O presente trabalho parte das formulações de Aumont (2002) a respeito da constituição da imagem enquanto instrumento de socialização e reflexo da realidade, de maneira que, os processos para a concepção da imagem partem de fatores biológicos como as reações e combinações de cores feitas através da percepção ótica. Sendo assim, a imagem fotográfica, uma das precursoras dos dispositivos midiáticos impressos, eletrônicos e digitais, é projetada a partir de um fragmento da realidade de forma que este pequeno gesto de capturar apenas uma faceta do tempo em curso ficará eternizado para que diversas gerações conheçam e tenham a possibilidade de sentir emoções e significar as imagens conforme sua realidade.