Atitudes de adolescentes em relação à velhice
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Data
2024-03-19Primeiro membro da banca
Pivetta, Hedioneia Maria Foletto
Segundo membro da banca
Cezar, Marcelo Moreira
Metadata
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O expressivo crescimento da população idosa propicia um maior convívio intergeracional, o qual pode ser influenciado também pelas atitudes em relação à velhice. As atitudes envolvem o que as pessoas pensam, sentem e como elas gostariam de se comportar em relação a um objeto atitudinal. A análise de atitudes pode auxiliar na compreensão de comportamentos, visto que os componentes da atitude (informação, afeto e ação) tendem a ser congruentes, promovendo certa regularidade em relação ao meio. Neste contexto, torna-se essencial identificar as atitudes em relação à velhice, pois tal compreensão pode contribuir para o desenvolvimento de ações de desconstrução de estereótipos e preconceitos direcionadas a esse grupo etário. Tratou-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, que teve como objetivo investigar as atitudes de adolescentes em relação à velhice, identificando a frequência de atitudes positivas e negativas e a associação entre tais atitudes com o sexo, a idade e a coabitação com pessoa idosa, do qual participaram 177 adolescentes, entre 12 e 18 anos. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionário contemplando aspectos sócio demográficos e a Escala de Avaliação de Atitudes em Relação à Velhice. Os dados foram analisados de forma descritiva e apresentados em média, desvio padrão e frequências absolutas e relativa. Para verificar a normalidade das variáveis quantitativas, foi utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para a comparação das variáveis sexo e convivência com pessoa idosa com as pontuações total e dos domínios da Escala Neri, foi utilizado o teste t independente (pontuação total) ou o teste U de Mann Whitney (domínios). Foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman para verificar a correlação entre a idade do participante e as pontuações total e dos domínios da Escala Neri. A classificação quanto à força da correlação seguiu os critérios de Cohen (1988): r<0,29 como pequena correlação; 0,30≤r≤0,49 como moderada correlação; e r>0,50 como grande correlação. Em todos os testes, foi adotado p<0,05. Todas as análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS (Statistical Package for the Social Science) versão 22.0. A maioria dos adolescentes eram do sexo feminino (53,1%), entre doze e catorze anos (80,2%) e não residiam com pessoa idosa (71,8%). As atitudes em relação à velhice apresentaram uma tendência global positiva, sendo identificadas associações com o sexo, onde os adolescentes do sexo masculino apresentaram atitudes mais positivas na avaliação total da escala (p=0,042*) e nos domínios agência (p=0,033*) e persona (p=0,008*) e, na coabitação com pessoas idosas, que mostrou atitudes mais positivas nos residentes com idosos, no domínio relacionamento social (p=0,017*). Não foram encontradas correlações significativas com a idade dos adolescentes. Os resultados evidenciaram que as atitudes de adolescentes, apesar de se manifestarem com tendência global positiva, mostraram-se plurais, sugerindo a velhice como fase da vida permeada tanto por aspectos positivos como negativos. Sugere-se novos estudos buscando identificar fatores que impactam nas atitudes em relação à velhice.
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