Britas graduadas simples: influência da litologia, estrutura interna e umidade na deformabilidade
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Data
2024-03-06Primeiro coorientador
Farias, Marcio Muniz de
Primeiro membro da banca
Bernucci, Liedi Legi Bariani
Segundo membro da banca
Silva, Sara Rios da Rocha e
Terceiro membro da banca
Specht, Luciano Pivoto
Quarto membro da banca
Pinheiro, Rinaldo José Barbosa
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A camada de base granular dos pavimentos asfálticos tem a dupla função de garantir suporte para o revestimento e permitir a saída da água da estrutura. Essa camada sofre efeitos de inundação, pela precipitação ou por capilaridade do subleito, e de secagem, pela sazonalidade ou por drenagem, de modo que ao longo da vida útil há uma variabilidade de umidade do material. No entanto, a avaliação laboratorial de módulo de resiliência e deformação permanente acontece recorrentemente apenas na umidade ótima de compactação. Esse trabalho avaliou britas graduadas simples de dois tipos litológicos distintos, riodacito e sienogranito, quanto à rigidez e deformação permanente em situações inundada e seca. Para isso, foi realizada a caracterização das rochas por análise petrográfica e módulo de elasticidade dinâmico, caracterização mecânica, física e de forma dos agregados, caracterização da brita graduada simples por ensaios de curva granulométrica, compactação, sucção, além dos ensaios principais de deformabilidade, como módulo de resiliência e deformação permanente para as condições seca, ótima e inundada. Realizou- se também a análise mecanicista e tomografia computadorizada das amostras compactadas. Como principais resultados, obteve-se que as características da rocha mãe são herdadas pelos agregados e afetam as propriedades das britas graduadas simples resultantes, tais como o desempenho mecânico e porosidade. Os ensaios secos apresentaram elevada rigidez e baixa deformação permanente, em função dos efeitos de sucção mátrica. Na condição de umidade ótima, a deformabilidade entre os dois tipos litológicos foi semelhante, ao passo que nos ensaios inundados a absorção dos agregados desempenha um papel importante, pois, a depender da afinidade do material com a água, mais facilmente é a drenagem, afetando as deformações. A análise mecanicista ressaltou a importância da rigidez dos subleitos no dimensionamento, especialmente para afundamentos de trilha de roda. As estruturas que empregaram as bases secas tiveram menores afundamentos e colaboraram para um menor trincamento de fadiga do revestimento, ao passo que as estruturas inundadas tiveram maior acúmulo por deformações, especialmente em subleitos menos rígidos. A análise por tomografia computadorizada permitiu avaliar qualitativamente os contatos entre os grãos, os padrões de quebra dos agregados, a distribuição dos poros e suas características. Em uma análise quantitativa, foi possível afirmar a maior porosidade nos extremos das amostras, além de caracterizar os poros. Os poros isolados são, em geral, esféricos isotrópicos de baixo volume. Já os poros conectados são maiores e orientados. Há também variação entre as duas litologias, em concordância com os demais ensaios.
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