A psicologia histórico-cultural e as relações entre aprendizagem e desenvolvimento da criança: contribuições em defesa do “ato de ensinar”
Resumo
O presente trabalho busca discutir as contribuições da psicologia histórico-cultural para a educação infantil e suas implicações para a gestão educacional. Adota-se como objetivos específicos evidenciar as relações entre aprendizagem e desenvolvimento da criança, adotando como pressuposto as reflexões da psicologia histórico-cultural, em seus expoentes maiores, quais sejam: Vigotski (2007), Luria (1991; 2005) e Leontiev (1978; 2005). De caráter teórico-bibliográfico e documental, o presente estudo adota como referencial, além dos estudos realizados pela Escola de Vigotski, as discussões realizadas por autores contemporâneos como Duarte (1996;2001), Martins (2006), Facci (2004) e Carmo (2007; 2008) além da análise de alguns dos principais documentos celebrados desde a década de 1990 pelos Organismos Internacionais. Defendemos assim como os autores estudados, o ensino que possibilita que o indivíduo se aproprie dos conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade e a ação direta do professor neste processo que está para muito além de um mero organizador da aprendizagem e das atividades de ensino, como tem sido evidenciado atualmente pelas propostas pedagógicas direcionadas a educação pública brasileira. Por fim, asseveramos que, na atualidade, as políticas voltadas para o atendimento das populações dos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, que tomam o Ensino Básico como primordial, negam o papel do professor no processo de aprendizagem, ao mesmo tempo em que transfere para a iniciativa individual a responsabilidade pela educação escolar, tendo como expressão maior o chamado Movimento de Educação para Todos (EPT) que passou a direcionar as políticas e programas educacionais direcionados aos países subdesenvolvidos.
Coleções
- Gestão Educacional - EaD [950]
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