Uma nova extensão rural para um novo rural?
Resumo
Verifica-se na atualidade tanto nas políticas governamentais quanto na discussão acadêmica um novo olhar sobre o espaço rural. O rural passa a ser percebido como um espaço vivo e dinâmico composto por sujeitos sociais diversos que não vivem somente da agricultura. O rural vai hoje muito além do agrícola, exerce funções na preservação da biodiversidade, da cultura e da identidade do território rural. A extensão tem a premissa do desenvolvimento rural sustentável e preferencialmente deve assistir a agricultura familiar e aos grupos sociais em vulnerabilidade e risco social, conforme demandam as diretrizes da EMATER/RS ACAR e da PNATER. A pesquisa tem como objetivo uma análise das ações de extensão da EMATER/RS ASCAR na região do COREDE Jacuí Centro pela dimensão da sustentabilidade, na perspectiva acadêmica das novas ruralidades. A metodologia utilizada analisa as diretrizes da EMATER/RS ASCAR e da PNATER que indicam a agroecologia como caminho para a promoção da sustentabilidade e sua aplicação nas ações de extensão no COREDE Jacuí Centro. As ações foram categorizadas nas dimensões: sociais, ecológicas, econômicas, éticas, culturais e políticas. A análise compreendida de caráter qualitativo envolve uma reflexão sobre a nova extensão rural estar empiricamente a concretizar as demandas da academia de um novo rural. Os resultados apresentam 10% de público diferenciado que a EMATER/RS ASCAR atende atualmente na região COREDE Jacuí Centro demonstrando a representatividade das novas ruralidades e a necessidade cada vez maior de novas ações de extensão para o desenvolvimento do rural que atinjam a complexidade de novos sujeitos sociais. Conclui-se com a pesquisa que a agroecologia, incorporada nas ações de ATER, contribui para a promoção da sustentabilidade e construção da autonomia e cidadania dos sujeitos sociais do rural.
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