Perfil sensorial e sua correlação com prematuridade, risco psíquico, domínio de marcos motores e linguísticos por bebês aos 12 meses
Fecha
2017-07-17Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O estudo teve como objetivo analisar a correlação entre o perfil sensorial do bebê, sua
idade gestacional, risco psíquico, domínio de marcos motores e linguísticos. A amostra
foi constituída de 40 bebês, sendo que destes, 20 bebês nasceram pré-termo e 20
nasceram a termo. Em cada grupo de 20 bebês, 10 bebês apresentavam risco psíquico
e 10 não apresentavam risco, conforme o identificado nos Sinais PREAUT. A coleta dos
dados sensoriais ocorreu por meio de instrumentos como Test of Sensory Functions in
Infants (TSFI) e do Perfil Sensorial do Bebê e da Criança Pequena (Perfil Sensorial) que
objetivam identificar o processamento e modulação sensorial da criança. Para detecção
de risco psíquico e o desempenho neuropsicomotor dos sujeitos, foram utilizados os
Indicadores Clínicos de Risco/Referência ao Desenvolvimento Infantil (IRDI), os Sinais
PREAUT e o Teste Denver II. Também foram utilizados dados de uma entrevista que
investigou aspectos obstétricos, sociodemográficos e socioeconômicos, além da
entrevista com os pais sobre o cotidiano dos bebês e observações clínicas da
avaliadora. A análise dos dados quantitativos se deu por meio do Teste U de Mann-
Whitney e do Teste de Correlação de Spearmann. Quanto aos resultados, para o grupo
de bebês nascidos a termo, observou-se significância estatística do processamento
visual do protocolo perfil sensorial com os Sinais PREAUT (r=0,45; p=0,044)
identificados aos nove meses e com o IRDI (r=0,063; p=0,002), demonstrando que
bebês em risco psíquico apresentaram pior processamento visual. Também houve
correlação significativa no cruzamento entre o resultado total do TSFI e o IRDI (r=0,34;
p=0,132), e a variável peso e processamento auditivo no teste perfil sensorial (p=0,019).
Assim, bebês com menor peso apresentaram pior processamento auditivo. No grupo de
bebês prematuros também houve pior desempenho nos processamentos auditivo
(r=0,57; p=0,008) e visual (r=0,65; p0,003) no Perfil Sensorial e no controle oculomotor
no TSFI (r=0,68; p=0,0009), em situação de risco psíquico, tanto no protocolo IRDI
quanto nos Sinais PREAUT. O processamento auditivo apresentou-se mais alterado nas
situações de bebês prematuros internados em UTI neonatal (p=0,038). Destaca-se que
não houve correlação significativa entre o desempenho sensorial dos bebês e os dados
motores e de linguagem obtidos por meio do teste Denver II, já que este teste
apresentou-se menos sensível às alterações de desenvolvimento das crianças. Diante
disso considera-se a necessidade de se pensar em uma dimensão sensorial na análise
do desenvolvimento precoce, pautada na singularidade do bebê, que auxilie os pais na
qualificação das interações e atividades cotidianas da criança identificada com risco no
primeiro ano de vida. A pesquisa permitiu concluir que avaliações sensoriais são
importantes na avaliação do desenvolvimento infantil, principalmente considerando
fatores de risco como prematuridade e risco psíquico, e também fatores ambientais.
Além disso, os resultados evidenciaram a pertinência clínica dos estudos de Integração
Sensorial.
Colecciones
El ítem tiene asociados los siguientes ficheros de licencia: