Tratamento químico, uso de aditivos, Azospirillum brasilense e pH do solo na cultura do trigo
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Data
2019-03-08Primeiro membro da banca
Jacques, Rodrigo Josemar Seminoti
Segundo membro da banca
Benin, Giovani
Terceiro membro da banca
Vieira, Frederico Costa Beber
Quarto membro da banca
Tabaldi, Luciane Almeri
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A resposta à inoculação de sementes de trigo com Azospirillum brasilense é variável e dependente de fatores relacionados ao manejo na inoculação e ao ambiente de cultivo. Objetivou-se com esta pesquisa avaliar o efeito do pH do solo de cultivo, tratamento de sementes, uso de osmoprotetor e a presença de nitrogênio mineral, sobre a atividade da A. brasilense e, os efeitos da bactéria sobre a qualidade fisiológica de sementes, crescimento e fisiologia de plantas e a produtividade do trigo. Para isso foram realizados três experimentos utilizando-se a cultivar TBIO Toruk. O primeiro, conduzido no delineamento inteiramente casualizado e em laboratório, teve seus tratamentos organizados em um bifatorial 2x8, com quatro repetições. O primeiro fator constituiu-se nos níveis de pH da solução de embebição (4,8 e 6,5) e o segundo, aos tratamentos aplicados via semente, sendo eles: controle (sem tratamento químico, aditivo osmoprotetor e A. brasilense), inoculação com A. brasilense (A), tratamento químico (TS), aditivo osmoprotetor (O), A+O, A+TS, O+TS e A+O+TS, onde se avaliou a resposta dos tratamentos sobre a qualidade fisiológica de sementes. Para isolar os efeitos dos fatores (tratamento fitossanitário, aditivo osmoprotetor, nitrogênio na solução, pH da solução de embebição e A. brasilense) sobre o crescimento de plântulas; o segundo estudo foi subdividido em quatro subestudos, conduzidos em sistema hidropônico, sob delineamento inteiramente casualizado, com tratamentos distribuídos em um bifatorial 2x2, com quatro repetições. O terceiro estudo caracterizou os efeitos dos fatores sobre parâmetros fisiológicos de plantas e a produtividade do trigo. O mesmo foi conduzido no delineamento de blocos casualizados e em condições de campo, com os seus tratamentos distribuídos em um bifatorial 2x8, com quatro repetições. O primeiro fator referiu-se aos níveis de pH do solo e o segundo, aos tratamentos aplicados via semente, sendo eles: controle, inoculação com A. brasilense (A), tratamento químico (TS), aditivo osmoprotetor (O), A+O, A+TS, O+TS e A+O+TS. O número de plântulas normais não é influenciado pelo pH da solução de embebição e pelos tratamentos aplicados via semente, entretanto, há redução do vigor de plântulas com a utilização do tratamento químico ou aditivo osmoprotetor (Estudo 1). O pH da solução de embebição e a presença de nitrogênio, nos valores testados, não influenciam sobre os efeitos observados com a inoculação da A. brasilense. Com a utilização do tratamento químico e do osmoprotetor não há efeito da A. brasilense no crescimento de plântulas de trigo (Estudo 2). O pH do solo corrigido e a inoculação com A. brasilense incrementam a atividade da enzima nitrato redutase. Em solo com acidez corrigida a inoculação com A. brasilense incrementa a produtividade de grãos da cultura do trigo. A utilização do tratamento químico influi negativamente sobre a resposta à inoculação na cultura do trigo, onde a utilização do osmoprotetor não atenua seus efeitos, os quais influem negativamente sobre a resposta à inoculação com A. brasilense (Estudo 3). Assim, a inoculação com A. brasilense na ausência de tratamento químico e em condições sem acidez do solo justifica-se como uma tecnologia eficiente para incrementar a produtividade da cultura do trigo.
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