Análises das barreiras percebidas para a prática de atividade física de idosos no meio rural e urbano do município de Santa Maria, RS
Resumo
O envelhecimento é um processo natural no qual ocorrem diversas alterações no organismo e
no estilo de vida das pessoas. Essas variações são derivadas de inúmeros fatores como
condições socioeconômicas e doenças crônicas. O meio em que o idoso vive também é um
dos fatores que influenciam no estilo de vida e interferem no curso do envelhecimento.
Considerando as diferenças entre as localidades e o alto índice de inatividade na velhice, o
presente trabalho tem por objetivo analisar as principais barreiras percebidas por idosos, da
área rural e urbana, para a prática de atividade física. A abordagem foi feita através de visitas
domiciliares em três bairros urbanos e de três distritos rurais, com diferentes níveis
socioeconômicos (rendas alta, média e baixa). Para avaliar as barreiras foi aplicado o
questionário que avalia as barreiras percebidas para a prática de atividade física. As
comparações entre os grupos e as barreiras foram realizadas pelo teste Qui-quadrado (CHI²)..
Participaram da pesquisa 208, sendo 141 do meio urbano e 67 da área rural. A maioria dos
indivíduos pesquisados é do sexo feminino e casada, com idade média de 70,34±7,86 anos, e
apresentaram em média um IMC elevado (29,71 ±5,29), acusando o excesso de peso,
principalmente entre as mulheres. A barreira percebida mais citada foi o fato de não ter
companhia para praticar atividades físicas, seguido de possuir alguma doença ou lesão que
atrapalhe na prática. Quando se comparou as barreiras entre os sexos e as localidades, houve
diferença significativa na barreira ―sente preguiça ou cansaço para fazer atividade física‖
sendo as mulheres urbanas as que mais citaram, (20,7%), e a barreira 2 ―ter alguma lesão ou
doença que atrapalhe na hora de fazer atividade física‖ também foi mais citada pelas mulheres
(29,3%) do que pelos homens (12,5%). Conclui-se que a prevalência de barreiras percebidas
para a prática de atividade física nos os idosos entrevistados é alta, principalmente o fato de
não ter companhia para praticar atividades físicas. Possuir alguma doença ou lesão que
atrapalhe na prática foi a segunda barreira mais relatada pela maioria dos idosos das duas
localidades.
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