Atuação do farmacêutico clínico na unidade de terapia intensiva adulto de um hospital universitário
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Data
2018-08-13Autor
Oliveira, Juliana dos Santos de
Primeiro coorientador
Beck, Sandra Trevisan
Primeiro membro da banca
Silva, Carine Viana
Segundo membro da banca
Carpes, Adriana
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Mostrar registro completoResumo
O objetivo do estudo foi determinar a importância da inserção do profissional farmacêutico, na Unidade de
Terapia Intensiva Adulto do Hospital Universitário de Santa Maria através da prática da farmácia clínica. Trata-
se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal, no qual foram analisados os registros das intervenções
clínicas farmacêuticas realizadas após análise das prescrições de 110 pacientes internados na UTI adulto do
Hospital Universitário de Santa Maria. O perfil e as prescrições dos pacientes foram obtidos por meio do
prontuário eletrônico dos pacientes através do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários. Os dados
analisados foram coletados durante as atividades clínicas rotineiras do farmacêutico residente em gestão e
atenção hospitalar, no período de setembro de 2016 a janeiro de 2017. Durante a análise das prescrições
ocorreram 671 intervenções farmacêuticas, sendo que uma mesma prescrição apresentou muitas vezes mais de
uma intervenção. Entre 51 intervenções relacionadas à via de administração, 88,23% foram relacionadas à
prescrição por via incorreta. Interação fármaco-fármaco (277 prescrições) e incompatibilidades de medicamentos
(197 prescrições) foram o motivo de 72,13% das intervenções. A maioria das intervenções farmacêuticas foi
aceita pela equipe de saúde responsável pelo cuidado. Através da ferramenta Micromedex® as interações foram
classificadas e após comunicadas para a equipe de saúde responsável. Em um total de 1808 interações obteve-se
311 diferentes tipos. Destas, 24 foram classificadas como contraindicadas. Entre as interações consideradas com
gravidade importante ou moderadas, as que ocorreram com maior frequência foram a associação entre
midazolam e fentanila, seguida do omeprazol com midazolam. Apenas 3% das interações justificaram não
precisar de intervenções importantes, por serem consideradas interações secundárias. Em relação à
documentação 71% eram razoáveis, 23% boa e 6% excelente. Através dos resultados obtidos é possível afirmar
que a participação do farmacêutico clínico em UTI auxilia na resolução dos problemas relacionados a
medicamentos. A presença do farmacêutico em UTI’s proporciona a formação de elo entre o médico e o
enfermeiro, permitindo uma visão geral de todo o processo de prescrição até a administração do medicamento.
Desta forma, as intervenções farmacêuticas otimizam o tratamento medicamentoso dos pacientes internados
consolidando assim a importância do farmacêutico clínico em UTIs para maior segurança do paciente.
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