Atividade antifúngica de óleos essenciais de espécies florestais
Fecha
2019-02-18Primeiro membro da banca
Silva, Daniela Thomas da
Segundo membro da banca
Lazarotto, Marília
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Os cultivos florestais são altamente afetados por doenças fúngicas, no entanto o mercado carece de produtos alternativos aos produtos químicos para o controle destes patógenos. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antifúngica de óleos essenciais e seus efeitos nas características morfofisiológicas dos fungos. Os ensaios foram conduzidos em laboratório com os óleos essenciais extraídos de folhas de Nectandra grandiflora, Nectandra megapotamica e Piper gaudichaudianum, e tiveram os constituintes químicos identificados através da análise em cromatografia gasosa. Os fungos do gênero Fusarium, Cladosporium, Pestalotiopsis, Colletotrichum e Lasiodiplodia foram repicados para o meio Batata-dextrose-ágar (BDA), enriquecido com 1μL mL-1 de óleo previamente diluído em etanol. O controle negativo foi constituído por meio BDA combinado com etanol e o controle positivo constitui-se da suplementação do meio com fungicida Propiconazole, as placas foram incubadas em condições controladas a 25 °C, com 12h de fotoperíodo. Avaliou-se o crescimento das colônias diariamente e após 10 dias foi caracterizado a esporulação, coloração da colônia, tamanho de esporo e modo de ação dos óleos. As variáveis analisadas foram crescimento micelial, taxa de crescimento micelial e inibição de crescimento micelial, em delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições. O óleo essencial (OE) de N. grandiflora foi composto majoritariamente por (+)-Deidrofuquinona(26%), Epóxido de deidrofuquinona (12,81%), o OE de N. megapotamica foi por α-Pineno (23,19%), β-Pineno (17,13%), Espatulenol (11,68) e para o OE de P. gaudichaudianum o fenilpropanoide Dilapiol (66,26 %) foi o constituinte majoritário. Todos os OEs apresentaram atividade antifúngica frente aos fungos em estudo, no entanto cada óleo apresentou comportamento diferente para cada espécie fúngica. O OE de P. gaudichaudianum foi o que apresentou maior atividade antifúngica, sendo capaz de proporcionar os menores valores de crescimento micelial e os maiores valores de inibição para todos os fungos, impedindo completamente o crescimento de Pestalotiopsis spp. e a formação de esporos, o que sugere uma ação fungicida promissora, uma vez que possui alta percentagem de Dilapiol em sua composição. Na sequência, o OE de N. grandiflora apresentou um comportamento parecido com o anterior, no entanto com percentagens de inibição menores. A menor atividade antifúngica foi identificada para o OE de N. megapotamica. A esporulação foi altamente afetada pelos OEs, sendo que a redução dessa ocorreu de forma proporcional à inibição do crescimento micelial. Com isso, ressalta-se o potencial dos OEs para utilização no controle de patógenos, principalmente o OE de P. gaudichaudianum por ter apresentado efeito fungicida.
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