Desafios das licenciaturas em educação do campo no estado do Paraná : lutas e conquistas das lideranças camponesas (2007-2020)
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Date
2020-08-17Primeiro membro da banca
Pfluck, Lia Dorotéa
Segundo membro da banca
Schlosser, Marli Terezinha Szumilo
Terceiro membro da banca
Flores, Carmen Rejane
Quarto membro da banca
Meurer, Ane Carine
Metadata
Show full item recordAbstract
Nos dias atuais, é imprescindível vincular a escola do campo com os movimentos de luta pela terra no Brasil. Os movimentos socioterritoriais do campo, a partir de articulações locais, regionais, com abrangência nacional e internacional destacam-se por garantir políticas públicas que reafirmam direitos como, por exemplo, a garantia da educação pública e gratuita às comunidades camponesas. Entrementes, este movimento ganha corpo e nasce assim, o projeto popular da Educação do Campo. A partir das lutas para construção de políticas públicas que, embora asseguradas pela legislação, nem sempre se efetivam concretamente. Esse é o caso dos cursos de formação superior de Licenciatura em Educação do Campo. O viés deste curso prevê em seus objetivos a formação de um educador do campo, conhecedor da realidade camponesa e, sobretudo, sujeito importante na continuidade da manutenção da vida em comunidade, do trabalho coletivo, das tradições e crenças, no conjunto heterogêneo cultural existente no campo brasileiro. Nesse sentido, a pesquisa tem como recorte espacial o estado do Paraná, onde se situam as universidades pesquisadas, a saber: Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, campus de Cascavel, localizada na região oeste; a Universidade Estadual do Centro-Oeste – UNICENTRO, campus de Guarapuava, localizada na região centro-sul do Estado; a Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, campus de Dois Vizinhos, localizada na região sudoeste e a Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS, campus de Laranjeiras do Sul, localizada na região sul, todas, na unidade geomorfológica do terceiro planalto paranaense. As escolhas dessas instituições justificam-se por serem as únicas universidades públicas das regiões Centro-Sul e Oeste do Estado do Paraná a ofertarem o Curso de Licenciatura em Educação do Campo. A presente tese tem por objetivo central entender o papel das lideranças que estão à frente dos cursos, no entendimento da funcionalidade dos mesmos, frutos da luta por uma educação condizente com os interesses das comunidades camponesas que cada instituição abrange. Trata-se de apresentar novas possibilidades e novos limites no entendimento do contexto de construção de um curso que atenda às demandas das comunidades locais na formação de educadores do campo a partir do trabalho/ação de cada liderança, de cada sujeito envolvido no processo a fim de possibilitar formação de qualidade aos educadores, preservando a vida em comunidade no campo, a cultura e o modo de vida das comunidades. Em termos de metodologia, o referencial teórico se realizou por meio de obras, teses, dissertações e monografias referentes ao tema em questão. O trabalho empírico se constituiu a partir de coleta de dados nos campos de pesquisa, ou seja, nas quatro universidades estudadas, com análise de documentos dos cursos, além de análises das políticas públicas que serviram de aparato legal para a institucionalização das propostas curriculares e da Educação do Campo no Brasil. Nesse sentido, o delineamento compreende pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso, caracterizando-se como de nível explicativo, ao agrupar elementos teóricos com considerações acerca do trabalho de campo realizado a partir do método dialético.
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